Jul 2024
28
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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O protagonismo da mulher no agronegócio capixaba

Além de suas funções tradicionais de mães e esposas, essas mulheres agora também atuam como gestoras, produtoras, sucessoras, empreendedoras e estudantes. Cada vez mais capacitadas, elas estão na linha de frente da gestão do agronegócio em todo o Brasil, e no Espírito Santo não é diferente.

Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos rurais liderados por mulheres no Espírito Santo aumentou 71%, superando a média nacional de 44%, segundo o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Instituto também indica que cerca de 31% das propriedades rurais no país são administradas por mulheres.

As mulheres capixabas têm uma presença significativa em atividades como produção de lavouras permanentes, pecuária e criação de animais, lavouras temporárias, horticultura e floricultura e produção florestal. Elas também atuam na aquicultura, pesca e produção de sementes e mudas certificadas.

Renata Erler, criada em uma fazenda com gado leiteiro, plantações de café e hortas de tomate, mudou-se para a cidade para estudar e, apesar das expectativas de sua família, escolheu a Zootecnia, mantendo-se ligada às suas raízes. Depois da graduação, começou sua carreira como assistente técnica em uma empresa de nutrição animal e enfrentou muitos desafios por ser jovem e mulher.

Hoje, Renata possui uma empresa de consultoria agropecuária especializada em gestão 360°, atendendo fazendas em vários estados brasileiros e na África. Recentemente, foi selecionada para gerir a pecuária de uma fazenda em Angola.

Letícia Toniato Simões, com uma carreira dedicada ao agronegócio, é a primeira mulher do Espírito Santo a ocupar o cargo de superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES). Criada em Itarana, onde seus pais são agricultores, Letícia trabalhou por 15 anos no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em desenvolvimento sustentável rural e atendimento ao agronegócio. Também foi diretora-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

Flavia Rapozo, diretora de Serviços Compartilhados e CFO da Extrafruti S/A Comércio de Hortifrutigranjeiros, foi uma das vencedoras do 29º Prêmio Equilibrista do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-ES) em 2023. Doutora em Administração e Ciências Contábeis, Flavia leciona na Fucape há 13 anos e se destaca por sua atuação no setor financeiro e educacional.

No município de Muqui, um grupo de mulheres assumiu a produção de cafés especiais e criou a marca Pó de Mulheres, iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Espírito Santo (Cafesul). A marca surgiu em um evento que incentivava a participação feminina na Cafesul e é coordenada por Natércia Bueno Vencioneck Rodrigues.

Jessica Folli Monteiro, engenheira agrônoma e agroinfluencer, utiliza as redes sociais para compartilhar informações, curiosidades e dicas sobre o agronegócio, focando especialmente na fruticultura. Seus vídeos começaram em 2020, durante a pandemia, como uma forma de aliviar a ansiedade do isolamento social. Além das postagens, Jessica também faz lives com especialistas do agro.

No Espírito Santo, existe o projeto “Mulheres do Cacau” que atende 185 mulheres nos municípios de Linhares, Rio Bananal, Colatina, São Roque do Canaã e Santa Teresa, promovendo a igualdade de gênero na produção de cacau e garantindo assistência técnica de qualidade. Outro projeto importante envolve a produção de morangos em sistema semi-hidropônico, sem agrotóxicos, visando a capacitação de agricultoras de base familiar em diversos municípios do Espírito Santo.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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