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Os preços do café continuam elevados no Brasil, mesmo com a colheita se aproximando do fim e a entrada dos grãos da safra 2024/25 no mercado. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa situação tem melhorado o poder de compra dos cafeicultores em relação aos adubos. Em julho, no Espírito Santo, a compra de uma tonelada de ureia custou 2,05 sacas de robusta tipo 6, contra 4,45 sacas no ano anterior. No Cerrado Mineiro, foram necessárias 2,1 sacas de arábica tipo 6 para adquirir uma tonelada de ureia, abaixo das 3 sacas em 2023.
Em julho, os produtores do Espírito Santo conseguiram adquirir uma tonelada de ureia com a venda de 2,05 sacas de robusta tipo 6, comparado a 4,45 sacas no mesmo mês do ano anterior.
No caso do arábica, foram necessárias 2,1 sacas do café tipo 6 para a compra de uma tonelada de ureia na região do Cerrado Mineiro, abaixo das 3 sacas no mesmo período de 2023.
O mês de julho encerrou com a média de preços do café arábica mais alta, em termos reais (valores corrigidos pelo IGP-DI de junho/24), desde fevereiro de 2022. No período, o Indicador do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, na capital paulista, registrou uma média de R$ 1.419,72 por saca de 60 kg, 5,22% acima de junho/24 e impressionantes 73,2% acima do valor registrado no mesmo mês do ano passado.
Os preços apresentaram alta volatilidade em julho, com o setor atento ao volume ofertado pelo Brasil e à possibilidade de quebra de safra do robusta no Vietnã devido a adversidades climáticas.
Fernando Maximiliano, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, destaca que a desvalorização do real frente ao dólar também tem influenciado as cotações globais, especialmente do arábica.
“Nos últimos meses, os preços do café têm demonstrado uma tendência de alta consistente. O robusta alcançou máximas históricas tanto em Londres quanto no mercado doméstico brasileiro, enquanto o arábica também atingiu níveis historicamente elevados. Embora os preços do arábica não sejam os mais altos de todos os tempos, estão significativamente elevados”, explica Maximiliano.
Ele acrescenta: “Esse cenário resulta da oferta reduzida de café robusta na Ásia, com problemas produtivos notáveis na Indonésia e no Vietnã, que geraram um grande choque de oferta e, consequentemente, impulsionaram os preços”, ressalta Maximiliano.
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