Ago 2024
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Alavancagem cai para 3,2 vezes no último trimestre antes da partida do Projeto Cerrado

No período de abril a junho, a Suzano gerou R$ 4,5 bilhões em caixa operacional, o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2023. A receita líquida alcançou R$ 11,5 bilhões, o maior valor trimestral desde o quarto trimestre de 2022. As vendas de celulose somaram 2,5 milhões de toneladas, enquanto as de papéis chegaram a 333 mil toneladas. O custo caixa sem paradas ficou em R$ 828 por tonelada.

No balanço, a Suzano registrou um resultado líquido negativo de R$ 3,8 bilhões devido ao impacto cambial no resultado financeiro, o que não afeta o caixa até o vencimento das operações financeiras. O desempenho operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado, foi de R$ 6,29 bilhões, marcando um crescimento de 60% em relação ao ano anterior.

Com o aumento do EBITDA, a alavancagem da Suzano em dólar (medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado) diminuiu de 3,5 vezes para 3,2 vezes. Isso confirma a expectativa da companhia de realizar o maior investimento de sua história, mantendo a alavancagem dentro dos limites estabelecidos por sua política financeira.

Até o final de junho, os investimentos relacionados ao Projeto Cerrado totalizaram 89% do montante previsto de R$ 22,2 bilhões. A unidade de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, iniciou suas operações em julho e é a maior linha de produção de celulose do mundo, com capacidade de 2,55 milhões de toneladas por ano. A capacidade plena deve ser alcançada no segundo trimestre de 2025, após a conclusão da curva de aprendizado.

“O início de produção do Projeto Cerrado representa um passo importante na história centenária da Suzano e na capacidade futura de geração de valor da empresa. A nova fábrica amplia nossa escala e competitividade no negócio de celulose, com a entrega da fábrica de menor custo estrutural dentre as unidades da Suzano. Em paralelo, seguimos com a proposta de avançar nas demais avenidas estratégicas, com a compra de fábricas da Pactiv Evergreen e de uma participação minoritária relevante na Lenzing”, afirma Beto Abreu, presidente da Suzano.

Entre junho e julho, a Suzano também anunciou a aquisição de uma participação acionária de 15% na companhia austríaca Lenzing, especializada em fibras de celulose para a indústria têxtil, e a compra de duas fábricas da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos, que produzem papelcartão para embalagens líquidas e copos de papel.

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