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Em julho, o Espírito Santo exportou 720 mil sacas de café, marcando um crescimento de 30,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, as exportações de café do estado atingiram 4,7 milhões de sacas, divididas em 4,1 milhões de sacas de conilon, 296 mil de arábica e 329 mil de solúvel. Essas exportações geraram uma receita de aproximadamente US$ 922,4 milhões, o que equivale a cerca de R$ 5 bilhões com a cotação atual.Exportação de café no Espírito Santo cresce 30% em julho, com envio de 720 mil sacas
De acordo com dados do Centro do Comércio de Café de Vitória, entidade que representa os exportadores de café do Espírito Santo, o café conilon foi o tipo predominante nas exportações de julho, totalizando 653 mil sacas, o que representa 90,7% do volume total exportado.
Em seguida, o café arábica somou 33,7 mil sacas, correspondendo a 4,7% do volume total. O café solúvel completou 33,1 mil sacas. O principal destino das exportações foi o Vietnã, recebendo 13,56% do volume total, seguido pela Bélgica com 12,45%.
É importante notar que o Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, tem aumentado a demanda por café de outros países devido a problemas causados por mudanças climáticas que resultaram em quebras de safra.
As exportações foram negociadas a um preço médio de US$ 221,25 por saca, gerando uma receita total de US$ 159,3 milhões para o mês. Nos primeiros sete meses do ano, o total das exportações atingiu US$ 922,4 milhões, com 4,7 milhões de sacas enviadas. Em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram exportadas 1,7 milhão de sacas, gerando US$ 290 milhões, houve um crescimento de 176,5% no volume e de 217,6% na receita.
O Centro do Comércio de Café de Vitória projeta que as exportações de conilon alcancem cerca de 7 milhões de sacas em 2024. O recorde anterior foi em 2020, com 4,8 milhões de sacas exportadas.
Esse aumento nas exportações de conilon é atribuído a vários fatores-chave. A capacidade da produção capixaba de compensar quebras de safra em grandes produtores como Vietnã e Indonésia, somada a desafios logísticos no Canal de Suez e no Mar Vermelho que dificultaram o escoamento para a Europa, contribuiu significativamente. Além disso, a melhoria na qualidade do café conilon capixaba também impulsionou o aumento das exportações.
Como resultado, o preço do café disparou, atualmente sendo comercializado a R$ 1.300 por saca, um aumento de 94% em relação ao ano passado, quando o preço era R$ 670,00.
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