Coopram investe R$ 7 milhões em nova unidade de beneficiamento de tilápia em Domingos Martins
Uma pesquisa recente da Rivool Finance, uma fintech de Florianópolis que usa blockchain para tokenizar recebíveis do agro, como as Cédulas de Produto Rural (CPR), trouxe à tona como diferentes tipos de crédito estão moldando a expansão do agronegócio brasileiro. O estudo analisou 4.618 municípios entre 2013 e 2021 e usou métodos econométricos avançados para entender como o crédito afeta o crescimento agrícola.
Os dados mostram que um aumento de 10% no crédito rural total está ligado a um crescimento de aproximadamente 1,8% na produção agrícola. Quando o crédito é direcionado a investimentos, o crescimento de 10% resulta em cerca de 0,7% na produção. Por outro lado, tipos de crédito voltados para custeio e comercialização não tiveram um impacto tão claro.
A pesquisa, parte do Market Review da Rivool Finance e liderada por Cristiano Oliveira, head of research da fintech e professor da Universidade Federal do Rio Grande, revela mudanças importantes no cenário do crédito rural no Brasil.
Oliveira destaca que, no passado, o crédito rural no Brasil era quase todo financiado pelo governo. No entanto, com as recentes restrições orçamentárias e a escassez de recursos das instituições financeiras tradicionais, o setor enfrenta novos desafios.
Para a temporada 2024/25, o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou um orçamento de R$ 400,5 bilhões para a agricultura empresarial através do Plano Safra e R$ 76 bilhões para a agricultura familiar. Embora esses valores sejam maiores do que no ano anterior, representantes do setor alertam que pode não ser o suficiente para cobrir todas as necessidades.
Desde 2020, o Brasil tem feito mudanças significativas para facilitar o acesso ao crédito no agronegócio, com a aprovação das leis 13.986/2020 e 14.421/2022, conhecidas como Agro 1 e Agro 2.
Essas leis marcaram um avanço ao permitir a securitização de recebíveis em moeda estrangeira e criar o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), que abriu o setor para o mercado de capitais tanto nacional quanto internacional.
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