Cup of Excellence 2024: cafés capixabas disputam título de melhor café especial do Brasil
Nos primeiros oito meses de 2024, as exportações brasileiras de mamão alcançaram 27,9 mil toneladas, um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2023. O Espírito Santo se mantém na liderança, responsável por 44% das exportações nacionais. Em relação a agosto de 2023, o volume exportado subiu 11,9%, e em comparação a julho de 2024, houve um crescimento de 8,3%. O faturamento total brasileiro aumentou 4,4%, atingindo US$ 37,2 milhões. No Espírito Santo, as exportações cresceram 42,3%, somando 12,2 mil toneladas, com uma receita de US$ 17,9 milhões (R$ 97,2 milhões, na cotação atual).
Entre janeiro e agosto, o Espírito Santo exportou 12,2 mil toneladas de mamão, gerando US$ 17,9 milhões. No mesmo período de 2023, as exportações somaram 8,5 mil toneladas, com faturamento de US$ 13 milhões. Somente em agosto de 2024, foram exportadas 1,5 mil toneladas, resultando em US$ 2,2 milhões em receitas.
Os principais estados exportadores foram Espírito Santo (44%), Rio Grande do Norte (34%), Bahia (8%) e Paraíba (8%). Portugal, Espanha e Reino Unido lideraram como principais destinos, com participações de 30%, 16% e 17%, respectivamente. O aumento nas exportações é atribuído à maior oferta nacional nos meses anteriores, mas com a redução da produção, espera-se uma queda nas exportações em setembro, com recuperação prevista para outubro.
A Conab estima que as expectativas para o restante de 2024 são positivas, especialmente para o mamão papaya cultivado no Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará. “O cenário de boa produção é resultado de investimentos anteriores, além da demanda externa aquecida, principalmente da Europa. No entanto, a rentabilidade pode ser impactada pela alta nos custos de frete marítimo, influenciada por tensões geopolíticas no Oriente Médio”, destacou.
No mercado interno, os preços do mamão aumentaram em todas as Ceasas, exceto em São José (SC), onde houve uma queda de 9,64%. Os maiores aumentos foram registrados em São Paulo (81,48%), Belo Horizonte (65,46%), Rio de Janeiro (49,68%) e Vitória (122,66%), com uma alta média de 48,9% nas Ceasas analisadas. Apesar dos aumentos de preço, a quantidade comercializada caiu na maioria dos entrepostos, com destaque para São Paulo (-24%), Rio de Janeiro (-22%), Vitória (-22%) e Rio Branco (-31%), enquanto Goiânia registrou alta de 11%.
De acordo com a Conab, após quatro meses de queda nos preços e aumento da oferta, agosto registrou uma inversão desse cenário, com menor comercialização e aumento dos preços para as duas variedades de mamão, especialmente o papaya. Essa tendência é resultado da redução da oferta nas principais regiões produtoras, como o norte do Espírito Santo, o sul da Bahia, além de áreas menores em Minas Gerais e Bahia, como Bom Jesus da Lapa e Janaúba.
A queda na oferta foi influenciada pela antecipação da colheita em julho e pelas temperaturas amenas em agosto, que desaceleraram o amadurecimento das frutas e comprometeram a qualidade de alguns lotes, afetados por estresse térmico e doenças na casca. “Com o aumento das temperaturas nos próximos meses, espera-se uma recuperação da oferta, embora sua magnitude dependa da demanda, que também tende a crescer. Em setembro, os preços do mamão formosa começaram a cair, refletindo o aumento da oferta”.
Entre as principais regiões produtoras, Porto Seguro (BA) liderou os carregamentos para as Ceasas, com 11,38 mil toneladas, uma queda de mais de 25% em relação a julho de 2024. O Espírito Santo foi o segundo maior fornecedor, com 9,22 mil toneladas (queda de 30% em relação a julho), seguido por Mossoró (RN), que manteve a estabilidade, com 2,65 mil toneladas.
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