Empresários de São Roque do Canaã investem em turismo de experiência em nova rota da cachaça
O Laticínios Fiore, de Santa Teresa, deu um grande passo ao investir na maior e mais moderna estrutura de manejo e ordenha de vacas do Espírito Santo. Comandada por Marcos Corteletti, a empresa dobrou sua capacidade de produção, garantindo mais bem-estar para os animais e reduzindo o tempo entre a ordenha e a fabricação dos produtos, o que melhora a qualidade final dos laticínios. Com esse investimento, a Fiore planeja expandir suas vendas para outros estados do Sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Sem revelar o valor exato do investimento, Tiago Moschen, diretor financeiro da Fiore, destacou que o aporte recente na nova estrutura de ordenha foi 50% maior do que a empresa costuma destinar a esses projetos. “Foi um salto significativo para nós”, afirmou.
A nova estrutura de ordenha permite o manejo simultâneo de 24 vacas, mais que o dobro da capacidade anterior, que era de apenas 10. Ela é equipada com tecnologia da DeLaval, uma marca suíça de referência mundial no setor. O impacto do investimento na ordenha é direto na produtividade, como reforça Tiago: vacas em melhores condições produzem mais leite, e esse ganho de eficiência acompanha o crescimento da Fiore, que tem expandido 20% ao ano.
Após concluir esse projeto, a empresa já planeja uma expansão industrial, esperando aumentar sua capacidade produtiva em 50% no primeiro ano e dobrá-la em até cinco anos, ampliando o atendimento para mais regiões.
Em fase de expansão, a Fiore foca no crescimento tanto no Espírito Santo quanto em mercados como Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio de Janeiro, a empresa já está consolidada na Região Metropolitana, mas tem planos de ampliar sua presença em todo o estado. Em São Paulo, um dos destaques é a produção de laticínios destinados ao público judeu. Há mais de 30 anos, a Fiore se tornou referência ao garantir a certificação kosher por meio de visitas mensais de um rabino, que atesta a conformidade com os padrões de segurança, bem-estar animal e transparência em todas as etapas de produção.
A Fiore se diferencia por ter uma indústria dentro da própria fazenda, o que permite controlar cada passo da produção, desde a alimentação das vacas até a entrega do produto nos pontos de venda. Essa estrutura garante que os produtos tenham o Selo de Origem Garantida, ressaltando o controle e a qualidade em todo o processo.
Recentemente, a empresa lançou a marca Yolete, focada em oferecer produtos de alta qualidade com preços mais acessíveis. A linha inclui bebidas lácteas e leite fermentado, com o objetivo de alcançar novos mercados, como a Baixada Fluminense, no Rio, e cidades do Espírito Santo.
Outro marco importante foi a entrada da Fiore no mercado de cafés especiais, com o lançamento do Café Especial Fiore, produzido com grãos 100% arábica selecionados nas montanhas capixabas. Com uma produção cuidadosa e parcerias locais, a Fiore expande seu portfólio além dos laticínios, e já planeja novos lançamentos, que estão em fase de estudo.
Segundo Marcos Corteletti, diretor-presidente da Fiore, o investimento na nova estrutura de ordenha foi motivado pela necessidade de aumentar a capacidade produtiva. A fazenda, que atualmente conta com 300 vacas, foi projetada para comportar até 400 em médio prazo. A modernização também incluiu melhorias no sistema de pós-ordenha, com resfriamento imediato do leite em tanques de aço inox, garantindo eficiência e qualidade no processo.
“Uma das grandes vantagens dessa nova estrutura é a presença de um laticínio dentro da própria fazenda, o que permite que o leite seja processado sem precisar ser transportado em caminhões. Isso não apenas reduz o tempo entre a ordenha e o processamento, como também preserva a qualidade do produto, que segue diretamente para o laticínio por tubulação de aço inox”.
Corteletti destaca que esse cuidado com o manejo e processamento garante maior durabilidade dos produtos Fiore nas prateleiras dos supermercados e na casa dos consumidores.
A fazenda conta com 260 hectares, sendo 60 dedicados à produção de volumosos como capim, silagem de milho e feno, tornando-a autossuficiente na alimentação do rebanho. Na nova sala de ordenha, o sistema automatizado proporciona um controle detalhado sobre a produção de leite, monitorando a saúde e a dieta de cada vaca. “Essa automação facilita a gestão do rebanho e garante uma tomada de decisão mais precisa em relação à produção leiteira”, complementou o diretor-presidente.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória