Out 2024
28
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Porto da Imetame deve disputar exportação do agronegócio

O diretor de operações portuárias, Anderson Carvalho, explicou que os desafios enfrentados pelos exportadores capixabas decorrem da falta de estrutura nos portos do Espírito Santo, que perderam linhas de longo curso. “Essas linhas deixaram de operar aqui e foram substituídas por navios feeders, que transportam a carga até portos próximos, como o do Rio de Janeiro, de onde seguem para destinos na Ásia, Europa ou América”, explicou Carvalho.

Neste ano, o Centro de Comércio de Café de Vitória divulgou dados mostrando que o Espírito Santo atingiu um recorde histórico na exportação de café conilon. Em setembro, foram negociadas 747.993 sacas, com preço médio de US$ 242,71, gerando uma receita de US$ 181.546.674,29. A maior parte da produção do estado é de café conilon. Porém, se os problemas de infraestrutura portuária persistirem, expandir o escoamento dessa produção pode se tornar cada vez mais difícil.

Inclusive, na última quinta-feira (24), representantes do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) se reuniram para discutir soluções. Hoje, há 600 mil sacas de café aguardando exportação, o equivalente a um mês de produção e cerca de US$ 100 milhões, segundo Jorge Nicchio, vice-presidente do CCCV. No entanto, nenhuma medida concreta foi definida durante o encontro.

Linhas de longo curso novamente saindo do estado

Com o início das operações do novo porto em Aracruz, será possível receber navios capazes de transportar a produção capixaba diretamente para qualquer continente, sem a necessidade de paradas em outros portos brasileiros, o que atualmente gera atrasos e retém cargas.

“A expectativa é grande; estamos ansiosos pela inauguração desse porto”, destacou Jorge Nicchio. Ele acrescentou que, atualmente, o Espírito Santo exporta apenas 10% da produção de café do Brasil, mas, com o porto em plena atividade, essa participação pode subir para 40%. Nicchio citou o exemplo de produtores de café no leste de Minas Gerais, próximos à divisa com o Espírito Santo, que hoje utilizam o porto de Santos, em São Paulo, para escoar sua produção. “O porto da Imetame vai desafogar também o porto de Santos,” afirmou.

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