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As exportações de mamão no Espírito Santo entre janeiro e setembro superaram os resultados do mesmo período de 2023. Até o momento, o estado exportou 13,9 mil toneladas, gerando um faturamento de US$ 20,7 milhões, equivalente a R$ 118,2 milhões. No mesmo período de 2023, foram exportadas 9,9 mil toneladas, com movimentação de US$ 14,9 milhões. Esse crescimento representa um aumento de 40,9% no volume exportado em relação ao ano anterior. No cenário nacional, o Brasil também apresentou crescimento nas exportações de mamão nos primeiros nove meses de 2024, atingindo 31,7 mil toneladas – 13,7% acima do acumulado de janeiro a setembro de 2023. Em valor, o faturamento chegou a US$ 42,6 milhões, um aumento de 6,43% em relação ao ano anterior.
Para o restante do ano, as expectativas permanecem positivas, especialmente para o mamão papaya cultivado no Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará, que se beneficiam da demanda externa aquecida, principalmente da Europa, e de investimentos anteriores que contribuíram para uma produção robusta.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a oferta doméstica está em alta e as vendas externas tendem a se manter fortes.
Entretanto, a Conab alerta que a rentabilidade pode ser comprometida nos próximos meses por fatores como o aumento no custo do frete marítimo. “O frete marítimo está em alta por causa de problemas geopolíticos no Oriente Médio e porque o aumento da oferta pode pressionar no sentido de queda nas cotações das vendas externas”, destacou em nota.
O mercado interno registrou variações significativas nas cotações de mamão nas principais Ceasas. Entre as quedas, destacaram-se São Paulo (-25,81%), Rio de Janeiro (-15,28%) e Vitória (-40,43%), enquanto São José (SC) teve aumento de 71,25%, Goiânia subiu 14,75% e Recife registrou alta de 16,45%. Na média ponderada das Ceasas, houve uma queda de 6,82%.
Já na quantidade comercializada, São Paulo (24%), Belo Horizonte (21%) e Rio de Janeiro (26%) apresentaram crescimento, enquanto Recife (-17%) e Rio Branco (-42%) apresentaram quedas.
Em setembro, o aumento da comercialização nas Ceasas foi impulsionado pela produção de papaya no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, principais regiões produtoras brasileiras e fornecedoras da fruta. Esse aumento de oferta pressionou os preços para baixo nas Ceasas do Sudeste. Em outras regiões, como Santa Catarina e Pernambuco, onde a oferta foi menor, os preços subiram.
Para outubro, já era esperado uma oferta maior de papaya e formosa devido à entrada de novas plantações e ao calor nas principais regiões produtoras, que acelera o desenvolvimento das frutas. Isso deve levar a uma redução nos preços tanto no atacado quanto no varejo.
Com o aumento das temperaturas, é provável também o crescimento da incidência de ácaros, exigindo mais pulverizações. Porém, a queda nos preços pode dificultar o manejo, pressionando os produtores.
As principais regiões produtoras, como o norte de Minas Gerais e o sul da Bahia também devem ampliar a oferta, especialmente da variedade formosa, embora de forma mais moderada. No mês de setembro, Porto Seguro liderou os carregamentos para as Ceasas com 12,35 mil toneladas, um aumento de 8,52% em relação a agosto. O Espírito Santo seguiu com 11,76 mil toneladas, crescimento de 27,5% comparado ao mês anterior.
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