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O PIB (Produto Interno Bruto) do Espírito Santo, referente ao ano de 2022 foi divulgado nesta quinta-feira (14). Houve um encolhimento de 1,7%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Impulsionado pela queda no setor industrial, o Espírito Santo foi o segundo com maior perda de PIB, ficando à frente apenas do Rio Grande do Sul. Mas em contrapartida, houve um crescimento na agropecuária de 8,5%, enquanto o setor de serviços aumentou 5,3%.
O diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, comentou que esta foi a maior participação do agronegócio no PIB capixaba. O setor representou 5,9% de toda a economia estadual em 2022. Esse número é o maior desde 2010, quando começou a contabilização desses dados, no Espírito Santo.
“A bienalidade do café arábica e o aumento da produção do café conilon foram essenciais para o crescimento da agropecuária no Espírito Santo”, reforçou Pablo. Vale lembrar, que o café arábica tem a particularidade de crescimento maior de dois em dois anos. Em 2022, o grão do tipo arábica cresceu 45,5%, já o conilon, apenas 5,9%.
O café de uma maneira geral representa mais de 50% da agropecuária estadual, segundo dados da Pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. Lira também comentou sobre o papel das cooperativas de café nesse cenário de alta da agropecuária.
Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, sediada em São Gabriel da Palha, no noroeste capixaba disse que: “As cooperativas têm uma contribuição preponderante, seja no ajuste seja no aumento do PIB, porque trabalham em favor de seus cooperados, remunerando melhor e capacitando seu quadro social”.
Bastianello acrescentou que as cooperativas têm o papel não apenas de comercializar a produção, mas de incentivar que o produtor se profissionalize dentro da cadeia produtiva, o que contribui para que ele possa alcançar maior renda per capta e melhores resultados em sua atividade.
Além do café, contribuíram para a performance do setor as culturas de cana-de-açúcar, pimenta-do-reino e abacaxi, compensando o fraco desempenho dos segmentos da pecuária, extração vegetal e silvicultura, ainda segundo o levantamento feito pelo Instituto Jones do Santos Neves.
Max Athayde Fraga, superintendente Estadual do IBGE, comentou que o suporte oferecido a produtores rurais pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) tem sido essencial para o desempenho do setor na economia de todo o Espírito Santo
Por meio de nota, o Incaper disse que: “A menção ao Incaper feita pelo IBGE representa um reconhecimento importante ao trabalho incansável de nossos profissionais. Por meio de ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, eles promovem soluções tecnológicas e sociais que ajudam os produtores rurais a ampliar a eficiência e a produtividade das atividades agropecuárias, elevam a qualidade dos produtos e contribuem para melhorar a vida das famílias no campo. É um reconhecimento da relevância do Incaper para o desenvolvimento rural sustentável e fortalecimento do setor agropecuário capixaba”.
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