Nov 2024
18
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Em ano de bienalidade negativa, a produção de arábica será menor no ES

Desde 2020, o mundo enfrentou uma sequência de eventos climáticos que impactaram a produção nos países, especialmente no Brasil.

Em 2024, o cinturão cafeeiro no Brasil enfrentou uma série de eventos climáticos extremos, como a queda nas temperaturas no início de agosto, incluindo uma geada de fraca intensidade e, principalmente, um tempo seco e quente no final de agosto, em setembro e no início de outubro, períodos críticos para o desenvolvimento das plantas e o processo de abertura da florada, de acordo com pesquisa feita pela StoneX.

As lavouras apresentavam boas condições até junho e julho; no entanto, as temperaturas acima da média para esses meses, aliadas ao prolongamento do período seco, acentuaram o desgaste das plantas e, consequentemente, a perda de potencial produtivo.

Regiões mais baixas e quentes foram as mais afetadas, enquanto as áreas mais elevadas ainda mantêm um bom potencial.

No estado, em razão da bienalidade, apresenta um percentual de poda acima do normal, com os produtores realizando mais podas devido aos impactos negativos do clima nas lavouras.

Para o Espírito Santo, a produção foi estimada em 3,3 milhões de sacas para 2025/26, representando uma queda de 20% se comparado com 2024/25.

“Essa estimativa passa a valer para o segundo semestre do ano que vem e este é um número preliminar, a safra daqui pra frente depende muito das condições climáticas. E as lavouras vão passar por novas etapas”, disse Fernando Maximiliano, Gerente de Inteligência de Mercado da área de café da StoneX.

No estado do Espírito Santo, as lavouras de café conilon apresentaram um desenvolvimento e uma condição melhor que o esperado para a região.

“Além disso, a região conta com o uso amplo de sistemas de irrigação. Os reservatórios que alimentam os sistemas guardavam volumes suficientes de água para o uso na irrigação, o que contribuiu para uma ampla abertura da florada”, acrescentou Fernando.

Os avanços nos preços de café conilon contribuíram para aumentar a rentabilidade dos produtores, que conseguiram aumentar os investimentos nas lavouras. Como resultado, a produção no estado foi estimada em 19 milhões de sacas, representando um avanço de 27,8%, no período 2025/26.

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