Agropecuária tem participação histórica no PIB capixaba
O ano de 2024 foi marcado por eventos climáticos extremos. Para compreender melhor os impactos do clima e o potencial produtivo da safra 2025/26, a StoneX realizou uma nova pesquisa nas principais regiões produtoras de café no Brasil. No Espírito Santo, a produção de café arábica foi estimada em 3,3 milhões de sacas, o que representa uma queda de 20% em relação à safra 2024/25. Por outro lado, o aumento nos preços do café robusta elevou a rentabilidade dos produtores, permitindo maior investimento nas lavouras. Como resultado, a produção estadual foi projetada em 19 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 27,8%.
Desde 2020, o mundo enfrentou uma sequência de eventos climáticos que impactaram a produção nos países, especialmente no Brasil.
Em 2024, o cinturão cafeeiro no Brasil enfrentou uma série de eventos climáticos extremos, como a queda nas temperaturas no início de agosto, incluindo uma geada de fraca intensidade e, principalmente, um tempo seco e quente no final de agosto, em setembro e no início de outubro, períodos críticos para o desenvolvimento das plantas e o processo de abertura da florada, de acordo com pesquisa feita pela StoneX.
As lavouras apresentavam boas condições até junho e julho; no entanto, as temperaturas acima da média para esses meses, aliadas ao prolongamento do período seco, acentuaram o desgaste das plantas e, consequentemente, a perda de potencial produtivo.
Regiões mais baixas e quentes foram as mais afetadas, enquanto as áreas mais elevadas ainda mantêm um bom potencial.
No estado, em razão da bienalidade, apresenta um percentual de poda acima do normal, com os produtores realizando mais podas devido aos impactos negativos do clima nas lavouras.
Para o Espírito Santo, a produção foi estimada em 3,3 milhões de sacas para 2025/26, representando uma queda de 20% se comparado com 2024/25.
“Essa estimativa passa a valer para o segundo semestre do ano que vem e este é um número preliminar, a safra daqui pra frente depende muito das condições climáticas. E as lavouras vão passar por novas etapas”, disse Fernando Maximiliano, Gerente de Inteligência de Mercado da área de café da StoneX.
No estado do Espírito Santo, as lavouras de café conilon apresentaram um desenvolvimento e uma condição melhor que o esperado para a região.
“Além disso, a região conta com o uso amplo de sistemas de irrigação. Os reservatórios que alimentam os sistemas guardavam volumes suficientes de água para o uso na irrigação, o que contribuiu para uma ampla abertura da florada”, acrescentou Fernando.
Os avanços nos preços de café conilon contribuíram para aumentar a rentabilidade dos produtores, que conseguiram aumentar os investimentos nas lavouras. Como resultado, a produção no estado foi estimada em 19 milhões de sacas, representando um avanço de 27,8%, no período 2025/26.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória