Nov 2024
25
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Nov 2024
25
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

A empresa exporta cerca de 3 mil arcos de violino por ano para diversos países. O negócio, que teve início com Floriano Schaeffer há 50 anos, tornou-se uma empresa familiar administrada pela esposa, Zilma Schaeffer, e pela filha, Bianca Schaeffer. A atual estrutura do empreendimento funciona há quase 20 anos.

“Para nós, é motivo de orgulho saber que os arcos feitos na nossa empresa são utilizados por músicos de vários países,” afirma Zilma.

O distrito de Guaraná, em Aracruz, é reconhecido como um polo de profissionais especializados na fabricação de arcos de violino. Além da empresa da família Schaeffer, outros empreendimentos do mesmo segmento contribuem para fortalecer a tradição local.

Transição na matéria-prima

No Brasil, tradicionalmente, os arcos de violino eram fabricados com madeira de pau-brasil, árvore nativa da Mata Atlântica. No entanto, devido ao desmatamento ilegal em algumas regiões, a extração dessa madeira foi proibida.

A família Schaeffer, que possui uma plantação legalizada de pau-brasil, também foi afetada pela restrição. Apesar de manterem a área preservada, não podem utilizá-la e precisaram adaptar o processo de fabricação, substituindo a matéria-prima.

“Já estávamos acostumados a trabalhar com o pau-brasil, mas com a proibição, tivemos que migrar para o ipê,” explica Zilma. A empresa compra a madeira de ipê de produtores do Pará e do Mato Grosso.

Um debate em torno do pau-brasil

O pau-brasil, símbolo nacional, está no centro de uma discussão que envolve a preservação da espécie e a continuidade da fabricação de arcos para músicos de orquestras internacionais.

Há cerca de 200 anos, a madeira é considerada insubstituível para a produção de arcos de violinos, violoncelos e outros instrumentos de corda. Músicos de orquestras renomadas, como as de Berlim, Viena, Paris, Londres, Nova York e São Paulo, utilizam arcos feitos dessa madeira.

Contudo, o pau-brasil é uma espécie ameaçada de extinção. Seu corte em áreas nativas é proibido.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas