Vender pela internet é alternativa para produtores rurais do ES alcançarem mais clientes
O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou nesta sexta-feira (06) o resultado do terceiro trimestre de 2024 do PIB (Produto Interno Bruto) do Espírito Santo. Houve uma estabilidade de +0,2%, na comparação com o trimestre anterior. Já no acumulado do ano, o crescimento foi de 2,9%. O índice foi menor que o crescimento nacional, de 3,3%.
A expectativa é que o agronegócio continue em alta e contribua para o crescimento do PIB do Estado, neste ano. Com base no levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), o destaque é o café arábica, que deve crescer em 27,4%, a produção.
Em seguida vem o mamão com um aumento produtivo de 13,2%. Já a previsão para o terceiro maior crescimento é na produção de cana-de-açúcar, 7,8%.
“Essa contribuição da agropecuária é fundamental para a economia. Embora a gente não tenha um número fechado, mas a gente observa, por exemplo, que a exportações do agronegócio capixaba bateram valores históricos neste trimestre, foram quase 36% das exportações totais do Estado”, comentou Antônio Rocha, diretor de integração do IJSN.
O diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, afirmou que grandes empresas têm valorizado o potencial do agronegócio no Estado para fazer investimentos.
“Na nossa carteira de investimentos tem previsto dois empreendimentos próximos de finalizar em Linhares. Fábrica de café solúvel e café instantâneo. Esses dois investimentos totalizam quase R$ 2 bilhões”.
E por falar em café, “o aumento na produção de café arábica no Espírito Santo em 2024, em comparação a 2023, deve-se principalmente à bienalidade positiva, um ciclo natural em que os cafeeiros alternam anos de alta e baixa produtividade. Esse fenômeno ocorre devido ao estresse fisiológico após um ano de elevada carga produtiva, que consome grande parte dos nutrientes da planta”, destacou Fabiano Tristão, coordenador de cafeicultura do Incaper.
Fabiano comentou também, que apesar da bienalidade favorável, a safra de 2024 ficou cerca de 30% abaixo do esperado, impactada por desafios climáticos, como temperaturas acima da média e má distribuição de chuvas.
Ainda assim, a produção superou a de 2023, refletindo os efeitos da bienalidade positiva e os avanços no manejo das lavouras pelos agricultores.
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