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A produção mundial de cacau enfrentará uma crise significativa em 2024, com projeções traçando um déficit expressivo entre a oferta e a demanda. Este cenário acende o alerta em mercados globais, com impactos diretos sobre os preços do cacau e a cadeia produtiva de chocolates.
De acordo com especialistas, o déficit decorre de uma combinação de fatores climáticos, econômicos e logísticos. A África Ocidental, responsável por cerca de 70% da produção mundial, registrou condições climáticas adversas, como chuvas irregulares e longos períodos de seca, que comprometem a produtividade. Além disso, as práticas agrícolas, como a vassoura-de-bruxa, e a escassez de fertilizantes também são desenvolvidas para a redução da colheita.
A Organização Internacional do Cacau (ICCO) estima que uma lacuna entre oferta e demanda possa ultrapassar 150 mil toneladas, agravando as preocupações de sustentabilidade para o setor.
A produção não está acompanhando o consumo, que continua em ascensão, especialmente nos mercados emergentes da Ásia e da América Latina.
No Brasil, um dos principais produtores da América Latina, o cenário também é desafiador. A produção no sul da Bahia, polo tradicional cacaueiro, foi afetada pelas mudanças climáticas e pela falta de incentivos adequados. Enquanto isso, as indústrias de chocolate já enfrentam altos custos de matéria-prima.
Em contrapartida, cenário no Espírito Santo é positivo
A produção estimada de cacau no Espírito Santo em 2023, foi de 13.700 toneladas, um aumento de 16,7% em relação em 2022, em total de 17.700 hectares de área plantada, de acordo com André Luiz Carvalho Scampini, secretário executivo da Associação do Cacaucultores do Espírito Santo (ACAU).
André Luiz disse ainda que a produção no Estado tem sido favorável, em contramão ao que acontece no mundo.
“Produtores tradicionais estão aumentando o cultivo, estão plantando mais e cabrucas que estavam abandonadas estão sendo retomadas”.
Apesar dos desafios serem os mesmos no mundo inteiro, o Espírito Santo está com o maior inimigo controlado, que é a praga na lavoura, a vassoura de bruxa.
O secretário executivo da ACAU reforça, que o produtor precisa de o maior amparo possível para seguir com a plantação e citou que o preço do cacau no mercado externo está prestes subir, o que incentiva cada vez mais o cacaucultores.
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