Dez 2024
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

ES cresceu 3,4% de janeiro a setembro de 2024

Os primeiros nove meses de 2024 foram marcados por uma estiagem no território capixaba, reflexo do baixo volume de chuvas e de altas temperaturas. Mas, o retorno das precipitações nos últimos meses do ano elevou as vazões dos principais rios do estado, contribuindo assim para reduzir os efeitos dos meses de seca.

A melhoria do quadro também possibilitou, em novembro, a revogação do decreto do estado de alerta sobre a situação hídrica do Espírito Santo assinado em setembro.

Diante desse cenário, a agropecuária cresceu 8,3% de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. A agricultura cresceu 7,8% influenciada pela maior produção de café (arábica e conilon), principal lavoura do estado. Outros produtos também impactaram o crescimento da atividade agrícola, como a cana-de-açúcar, a banana, o coco e o tomate.

Vale ressaltar que o ano de 2024 é marcado pela bienalidade positiva do café, havendo maior produtividade na colheita do fruto. Outro conjunto de fatores também contribuíram para esse resultado, como práticas de manejo aprimoradas, condições climáticas favoráveis em etapas críticas do ciclo produtivo, recuperação dos preços no mercado e avanços na mecanização da colheita, que incentivaram uma maior eficiência e produtividade no setor.

Já a pecuária no estado, que representa 25% do setor agropecuário, cresceu 11% entre janeiro e setembro de 2024. O desempenho foi impulsionado pela maior produção de suínos, bovinos, leite, aves e ovos.

Após as perdas ocorridas desde 2020 e os longos períodos de estiagem, determinados fatores influenciaram a ampliação da produção pecuária em 2024, tais como: maior volume de animais disponíveis, as capacitações técnicas voltadas para as práticas de manejo e a adoção de novas tecnologias agrícolas (produção de silagem, cultivares mais produtivas, manejo adequado das forragens).

“Entretanto, a produção da pecuária foi afetada pelos baixos preços pagos aos produtores, os quais repercutiram sobre a redução da lucratividade, além da falta de mão de obra, da menor disponibilidade de alimentos para os animais e dos elevados custos de produção com altas desde abril de 2024”, destacou a Findes em relatório.

No Brasil, o setor agropecuário retraiu 3,5% no acumulado de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior, puxado pelas quedas do milho e cana-de-açúcar, produtos que possuem safra relevante no trimestre, segundo o IBGE.

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