Cooperados da Cooabriel, maior em conilon do Brasil, aprovam proposta e fusão com Coopbac avança
De janeiro a novembro de 2024, as divisas geradas com as exportações do agronegócio no Espírito Santo somaram quase US$ 3,3 bilhões — ou R$ 20,7 bilhões, na cotação da última quinta-feira (19). Esse valor obtido em 11 meses superou todo o valor gerado com o comércio exterior do agro capixaba desde o início da série histórica para os anos completos. O resultado representa um crescimento de 71,1% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 1,9 bilhão).
As maiores variações positivas no valor comercializado foram para café cru em grãos (+125,2%), carne bovina (+50,9%), celulose (+40,9%), mamão (+37,3%), café solúvel (+36,6%), chocolates e preparados com cacau (+19,6%), gengibre (+16,2%), pescados (+13,3%) e álcool etílico (+5,5%).
Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para café cru em grãos (+77,6%), carne bovina (+59,5%), gengibre (+46,5%), mamão (+38,4%), café solúvel (+15,3%), álcool etílico (+10,4%), chocolates e preparados com cacau (+8,7%) e pescados (+0,8%).
“Este ano, tivemos o melhor mês de novembro da série histórica. O agro segue ampliando a participação no comércio exterior e mantendo o melhor desempenho no acumulado do ano. De janeiro a novembro, superamos em 57% todo valor comercializado em 2023. Com base no desempenho observado até o momento, devemos alcançar mais 3,5 bilhões de dólares até dezembro de 2024. Os preços internacionais continuam bons para boa parte de nossos produtos, o que levou a um aumento expressivo no valor comercializado pelo Espírito Santo. O café continua com volumes recordes exportados, principalmente o conilon, que se consolida como o principal produto da nossa pauta do comércio exterior do agro”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino — representaram 95% do valor total comercializado de janeiro a novembro de 2024.
No acumulado do ano, nossos produtos foram enviados para 123 países. Os Estados Unidos se destacam como principal parceiro comercial, com 22% do valor comercializado. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo de janeiro a novembro foi de 33,7%.
“Os dados reforçam a competitividade do agro perante os outros setores no cenário internacional. Isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontua Enio Bergoli.
De janeiro a novembro deste ano, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 1,98 bilhão (60,3%), seguido por celulose com US$ 992 milhões (30,2%), pimenta-do-reino com US$ 146,7 milhões (4,5%), gengibre com US$ 39,7 milhões (1,2%), carne bovina com US$ 26,5 milhões (0,81%), mamão com US$ 25,9 milhões (0,79%), chocolates e preparados com cacau com US$ 17,7 milhões (0,54%), álcool etílico com US$ 13,1 milhões (0,40%), carne de frango com US$ 6,7 milhões (0,20%) e pescados com US$ 5,5 milhões (0,20%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 31,7 milhões (0,97%).
Café segue em primeiro lugar
Na pauta de exportação do ano passado, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano.
De janeiro a novembro de 2024, foram exportadas, aproximadamente, 7,09 milhões de sacas de conilon, sendo 6,6 de conilon cru em grãos e 491,1 mil sacas de equivalente de solúvel. Além disso, foram exportadas 657,3 mil sacas de arábica, que somadas às de conilon chegam a um total de 7,75 milhões de sacas de café capixaba exportadas em 11 meses neste ano.
“O complexo cafeeiro segue com destaque das exportações do agronegócio, já consolidado como principal arranjo produtivo agrícola em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, grande responsável por alavancar esses resultados, teve crescimento de 89% no comércio exterior, saindo de 3,5 milhões de sacas exportadas, entre janeiro e novembro do ano passado, para 6,6 milhões de sacas no mesmo período deste ano.
O conilon passou a fazer parte das negociações na B3, um passo fundamental como ferramenta de gestão de riscos, especialmente em períodos de oscilações de preço, o que proporciona maior proteção para o patrimônio dos nossos cafeicultores e suas famílias. Vale lembrar que o conilon está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas”, complementa Bergoli.
De janeiro a novembro, o Espírito Santo também foi o maior exportador brasileiro de gengibre, pimenta-do-reino e mamão, com participação em relação ao total nacional de 63%, 58% e 44%, respectivamente.
Além disso, superou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.
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