O Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) divulgou os dados da exportação do grão, que sai do Espírito Santo e segue rumo mundo afora. O recorte é referente ao mês de novembro. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o valor comercializado com a exportação dos cafés arábica, conilon e solúvel chegou a R$ 9,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, as negociações eram de R$ 4,4 bilhões, um aumento de 125%. As vendas são em dólar, a conversão feita para o real foi feita com base na última cotação.
O vice-presidente do CCCV, Jorge Nicchio explica que pode-se atribuir a dois fatores, a prosperidade trazida por causa da exportação de café.
“O ano de 2024 foi muito bom para a produção de café conilon, o Espírito Santo produziu e exportou mais do que nos últimos anos”, disse Jorge. E acrescentou que se não fossem os gargalos enfrentados no Porto de Vitória, mais cafés partiriam do estado.
O preço negociado, principalmente no café conilon, também contribuiu para esse aumento no valor negociado nas exportações. A última cotação do grão mostra que a negociação já está na casa dos R$ 1800, mais de 100% a mais relação ao ano passado.
Jorge reforça que os dados da exportação refletem um café negociado com o preço em torno dos R$ 1600, as sacas estavam paradas no porto à espera de embarque.
Ano próspero também para o café arábica
Apesar, de novembro ter sido um mês tímido com a exportação de 50.931 sacas de arábica, outubro, de acordo com o CCCV, foram exportadas 177.026 sacas do grão. O número é mais que o dobro da exportação de setembro e a última vez que o Espírito Santo exportou tanto arábica foi em dezembro de 2018, quando foram escoadas para fora do Brasil 185.770 sacas.
Espírito Santo ainda pode bater recorde histórico de exportação de café
A última vez que o estado escoou tanto café pra fora do Brasil, foi no ano de 2002. Há 22 anos. Naquela época, foram mandados 8.280.000 sacas do grão mundo afora. Até novembro deste ano, o montante é de 7.755.337. Os números recentes foram puxados pelo café tipo conilon. Para se ter ideia, até novembro deste ano foram exportados 6.606.891 de conilon. No mesmo período do ano passado, foram 3.512.621, um crescimento expressivo.
“O cenário de 2002 era totalmente diferente do cenário de agora”, explicou Jorge. O vice-presidente disse que, há 22 anos, o estado produzia menos café e exportava o grão produzido na Zona da Mata Mineira. Agora, o Espírito Santo produz muito mais café e infelizmente não dá conta de mandar pra fora toda a produção capixaba.
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