O conceito da economia linear, tem origem no período da industrialização linear, com o pensamento cradle to grave (do berço ao túmulo), onde a humanidade se lançou numa corrida para extrair e utilizar ou queimar no caso de combustíveis fósseis, recursos não renováveis para gerar energia e produzir o máximo possível, conta os autores McDonugh e Braungart, no livro emblemático Cradle to cradle (2002), do “berço ao berço”.
Naquela época, ainda não se podia prever a expansão do modelo industrial linear nem os impactos disso sobre nosso planeta e as espécies que vivem nele. No momento, a prática do desenho industrial estava associada à busca por eficiência na quantidade e velocidade de produção, garantindo expansão industrial e econômica.
O modelo econômico linear tradicional, baseado na extração, produção, consumo e descarte, está custando caro ao planeta, desde da escassez de matérias-primas até o aprofundamento da crise climática e seus desdobramentos. A economia circular surge como síntese de problemas ambientais e econômico gerado a partir da produção de bens e serviços de forma linear – que se baseia na extração, manufatura, uso e descarte.
O auge dessa expansão, que na verdade, degradava o todo, veio com o conceito de obsolescência programada. A ideia era de que os produtos, fossem por eles saírem de moda, fossem porque eles eram feitos de maneira a tornarem-se inúteis e indeficientes, obrigassem os consumidores a substituí-los rapidamente. Dessa maneira, a demanda não diminuiria e a indústria continuaria funcionando e se expandindo.
São infinitas as oportunidades de repensar e redesenhar nossa forma de produzir. O video ‘Re-thinking Progress’ explora como uma mudança de perspectiva nos permitiria redesenhar a nossa economia – concebendo produtos que possam ser projetados para a remanufatura e alimentando o sistema com energia renovável. Poderíamos, com criatividade e inovação, construir uma economia restaurativa?
Nosso modelo econômico atual é linear; retiramos recursos da natureza, fazemos produtos, consumimos e devolvemos resíduos à natureza. Temos que desafiar a lógica linear profundamente enraizada dos modelos econômicos convencionais e acelerar a transição para uma economia circular.
Fontes: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/
https://cebds.org
www.fiesp.com.br
FIESP/SENAI-SP