7 Maneiras pelas quais a economia circular crescerá em 2021

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De embalagens mais reutilizáveis a mais empresas que devolvem produtos usados a designers mais capacitados, 2021 será um ano chave no desenvolvimento de novos sistemas com menos desperdício.

No momento, a maior parte da economia mundial é linear: os materiais são extraídos, processados, fabricados, vendidos e, posteriormente, despejados em aterros sanitários. Mas a ideia de uma economia circular – aquela em que os materiais são usados em um ciclo fechado, funcionando com energia renovável – está ganhando força, e muitas empresas estão estabelecendo metas para se tornar a circular nas próximas décadas. Os próximos anos serão cruciais para solidificar a crescente economia circular. Aqui estão sete tendências que provavelmente o ajudarão a se expandir em 2021.

1 – MAIS MARCAS USARÃO EMBALAGENS REUTILIZÁVEIS
Um número crescente de empresas está repensando o design dos produtos para evitar embalagens descartáveis. Com esse objetivo, o uso de embalagens reaproveitáveis vem crescendo em várias empresas no ramo de materiais de limpeza, higiene pessoal e alimentação.
No ramo de deliverys, entrega de produtos com embalagens retornáveis vem sendo uma prática em países como USA e na Europa. O sistema que entrega produtos convencionais como o sorvete Häagen-Dazs em embalagens, reutilizáveis e retornáveis, continua a crescer. A Dove acaba de lançar um suporte recarregável de aço inoxidável para desodorante. A tendência é que mais ofertas sejam inseridas no mercado.

[Foto: Loop]

2 – A EMBALAGEM DE PLÁSTICO SERÁ REDUZIDA E FICARÁ MAIS FÁCIL RECICLAR
Em alguns casos, as empresas estão eliminando totalmente as embalagens extras – alguns hipermercados pararam de usar embalar produtos individuai com filme plástico, como em lojas no Canadá. Marcas de cervejas passaram a usar uma cola especial para fixar as latas ao invés do lacre de plástico de 6 unidades.
Outros designs ainda usam plástico, mas tornam a embalagem mais fácil de reciclar, como uma garrafa de água sem rótulo feita de um único material (obviamente, a melhor opção para água é um recipiente reutilizável). Esse tipo de inovação continuará a crescer à medida que os problemas com o plástico se tornam ainda mais óbvios: em 2040, a quantidade de plástico que flui para o oceano pode triplicar se não houver grandes mudanças no sistema atual.

3 – MAIS EMPRESAS ACEITARÃO OS PRODUTOS DE VOLTA QUANDO VOCE TERMINAR DE USÁ-LOS
Se você não quiser mais seu velho par de Levi’s, a empresa vai pagar para traze-lo de volta à venda em um mercado de segunda mão. Outros, como a Patagônia, também recuperam peças velhas de roupa, consertando e reformando-as, para que possam encontrar uma segunda vida. O mesmo está acontecendo com tênis, sapatos, móveis e eletrodomésticos. Outas empresas estarão entrando no mercado com o mesmo conceito e isso mudará a forma que as pessoas irão se relacionar com os bens materiais.

4 – AS EMPRESAS FARÃO DA CIRCULARIDADE PARTE DE SUA ESTRATÉGIA CLIMÁTICA
Conforme as empresas mudam para energia renovável e tomam outras medidas para reduzir suas pegadas de carbono, elas também estão percebendo cada vez mais que um modelo de economia circular é parte da solução. “Cerca de 45% das emissões de gases de efeito estufa vêm da forma como fabricamos e usamos os produtos e como administramos a terra. Portanto, mais organizações estão explorando a peça que faltava no quebra-cabeça”. Retirar um produto usado e prepará-lo para revenda, por exemplo, pode evitar quase todo o impacto climático de fazer o mesmo produto do zero.

5 – NOVAS POLÍTICAS APOIARÃO A ECONOMIA CIRCULAR
É provável que mais governos promulguem novas leis que possam apoiar o crescimento da economia circular. Isso pode incluir mais proibições ao plástico descartável, seguindo o exemplo de países como o Canadá, onde sacos plásticos, canudos, anéis de seis embalagens, garfos plásticos e outros itens descartáveis serão proibidos até o final deste ano. Também pode haver novos incentivos, como impostos reduzidos sobre produtos usados que foram reformados para revenda.

6 – AS EMPRESAS VÃO MEDIR O PROGRESSO QUE ESTÃO FAZENDO
As marcas estão sendo responsabilizadas cada vez mais por medições ou indicadores além de apenas receita, lucro e valor para o acionista. O progresso na circularidade provavelmente se tornará uma dessas medidas. O Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável lançou recentemente os Indicadores de Transição Circular. A Ellen MacArthur Foundation tem uma nova ferramenta que ajuda as empresas a medir e comunicar seu trabalho de economia circular.

7 – MAIS DESIGNERS RECONHECERÃO O PAPEL QUE DESEMPENHAM EM AJUDAR A MUDAR OS SISTEMAS
Pessoas no estágio de design de produtos ou serviços, que tomam decisões que influenciam se as coisas que usamos são mais lineares ou mais circulares têm um papel realmente importante a desempenhar na mudança para uma economia circular. Ao mesmo tempo, a economia circular pode realmente oferecer um sentido de propósito aos designers. Eles não estão apenas criando coisas que vão acabar em um aterro sanitário ou que serão desnecessárias ou superficiais para as pessoas. Mas eles podem usar genuinamente suas habilidades para tentar enfrentar os desafios globais.

Fonte: adaptado de fastcompany.com (com textos de Joes Iles)

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