Ecotechs e o futuro de limite indeterminado

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Imagem: Pixabay

Grandes problemas como os resíduos plásticos nos oceanos e o aquecimento global precisam de soluções inovadoras

Temos acompanhado nos últimos anos as tragédias ambientais das queimadas no pantanal e na floresta amazônica. Biomas inteiros sendo devastados e gerando incerteza sobre o futuro da humanidade e da vida no planeta.

Mas você já ouviu falar em cleantechs, ‘startups’ verdes ou ecotechs? Ecologia não é apenas para ONGs de proteção ao meio ambiente, mas também pode ser um excelente negócio de impacto social, escalável e com elevado retorno sobre o investimento.

Grandes problemas como os resíduos plásticos nos oceanos e o aquecimento global, que causam enchentes, furacões, extinção de espécies animais e vegetais, precisam de soluções inovadoras.

Ecotechs e cidades inteligentes

As ecotechs estão fortemente conectadas com as cidades inteligentes e, ao mesmo tempo com o agronegócio, ocupando uma posição privilegiada para captação de investimentos. Os principais setores de atuação são agriculturas, atmosfera, meio ambiente, água, armazenamento de energia, eficiência energética, energia limpa, indústria limpa e transporte.

Segundo estudo da Smart Prosperity Institute essa promissora indústria deverá movimentar cerca de US$ 2,5 trilhões até 2022. O Global100 elaborou uma lista com mais de 7.500 grandes clientes diretos dessa nova indústria sustentável, o que mostra que esta é uma tendência mundial.

Selecionei uma lista de ‘startups’ brasileiras que atuam nesse segmento de mercado:

Ocean Drop: oferece vitaminas e cosméticos a base de algas e microalgas para pessoas que buscam produtos e alimentos de qualidade nutricional avançada e sustentável. A ‘startup’ destina 5% dos lucros para apoiar projetos de proteção dos oceanos.

Sunew: líder mundial na fabricação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV). O método de produção desenvolvido por eles utiliza baixas temperaturas e, consequentemente, baixíssimo uso de energia, além de ser contínuo e altamente escalável. Como matéria-prima são utilizados materiais orgânicos abundantes na natureza e não tóxicos.

Simbioze Amazônica: o negócio nasceu da busca incessante por moléculas bioativas, de origem natural. A ‘startup’ amazonense produz cosméticos 100% naturais e veganos, nativos e amazônicos, levando os ativos da floresta para a rotina de cuidados diários, de forma correta e sustentável.

Hidreo: ‘startup’ focada no desenvolvimento de soluções para Micro Geração de Energia a partir de fontes renováveis. Trata-se de um equipamento de pequenas dimensões, fácil instalação e baixo impacto ambiental que inova na geração de energia hidráulica, trazendo uma alternativa aos altos custos de energia, mudanças nas tarifas e regiões com instabilidade ou até sem acesso à rede elétrica.

OKA Bioembalagens: produz embalagens biocompostáveis, feitas da fécula da mandioca, com ou sem adição de fibras naturais. As embalagens descartáveis e biodegradáveis retroalimentam o ciclo da natureza, podendo ser utilizadas no mercado alimentício, de brindes, cosmético, eletrônico, jardinagem, de consumo imediato ou de ciclo rápido.

Waycarbon: ‘startup’ referência em assessoria sobre mudanças globais do clima, gerenciamento de ativos ambientais e no desenvolvimento de estratégias e negócios visando a eco, eficiência e a economia de baixo carbono.

Em um planeta cada vez mais instável climaticamente, a indústria 4.0 não pode ser apenas digital, conectada e inteligente, ela terá que ser também cada vez mais sustentável e ecológica. As ecotechs podem ser uma alternativa e a base para um futuro sustentável.

Fonte: https://www.whow.com.br/eficiencia/opiniao-ecotechs-e-o-futuro-de-limite-indeterminado/
Texto de Lucas Prado é cientista de dados, embaixador de Inovações Cívicas da Open Knowledge Brasil e cofundador da meryt.me.

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