Educar as pessoas sobre as consequências das mudanças climáticas funciona. Só precisamos fazer isso da maneira certa.
Sabemos por um experimento na Claremont Graduate University – que palestras simples descrevendo as consequências da mudança climática podem ter um efeito tremendo em como agimos. Porque três anos depois de ouvir uma palestra de 50 minutos sobre o impacto ambiental da carne, os alunos estão comendo até 11% menos carne
Na França e na Dinamarca, uma assembleia de 150 cidadãos selecionados aleatoriamente, destinada a representar o público francês e dinamarquês, recebeu palestras de especialistas sobre as consequências da crise climática. O objetivo era que o grupo formulasse uma legislação que permitisse uma transição verde. Em ambos os países, a assembleia de cidadãos propôs planos radicais que reduziriam as emissões muito mais do que os atuais políticos estavam dispostos a acomodar.
Os exemplos mostram que quando as pessoas adquirem conhecimento sobre as mudanças climáticas, elas estão dispostas a criar as mudanças sistêmicas necessárias para criar uma mudança real.
Mas temos que comunicar esse conhecimento com o entendimento de que as pessoas não mudam a menos que entendam o que têm a perder. Isso é o que os psicólogos chamam de “aversão à perda” e é a forma mais poderosa de capacitar as pessoas a agir.
Temos que abandonar a mentira de como uma comunicação esperançosa possibilitará a mudança e que o medo nos deixará em pânico. Nos contaram essa mentira por 20 anos e é por isso que não vemos uma mudança. Precisamos ser honestos sobre a poli crise e como estamos perto de perder tudo.
Então comece a gritar como se a casa estivesse pegando fogo! Se todos levantarmos a voz, o som será alto demais para que nos ignorem.
Fonte: autoria de Kasper Benjamin Reimer Bjorkskov