Decrescimento vs Economia Circular?

Compartilhe essa notícia

Quais são as principais diferenças entre decrescimento e economia circular?

O artigo de Kasper Benjamin Reimer Bjorkskov, identifica três aspectos institucionais que diferenciam o decrescimento da economia circular:

– Responsabilidades: o decrescimento propõe uma mudança de consumidores individuais para responsabilidades coletivas na redução e recuperação de resíduos, enquanto a economia circular distribui responsabilidades entre os agentes da produção circular.

– Escala geográfica: Decrescimento prevê uma economia biorregional de processamento de resíduos, enquanto a economia circular promove a recuperação e reutilização de resíduos em escala global.

– Valor atribuído aos resíduos: o decrescimento vê os resíduos como tendo valor socioecológico, enquanto a economia circular visa dar-lhes valor monetário.

Como essas abordagens impactam nosso relacionamento com o futuro?

O artigo argumenta que tanto o decrescimento quanto a economia circular buscam diminuir o desperdício e reduzir a demanda por matérias-primas, mas têm visões diferentes para o futuro metabolismo social.

O decrescimento propõe um metabolismo circular para reduzir o consumo e a produção, enquanto a economia circular mainstream vê o desperdício como uma oportunidade de crescimento sustentável. O problema com a abordagem de economia circular de hoje é que a dissociação que a CE defende não está acontecendo e não há evidências que sugiram que isso possa acontecer.

O artigo sugere que, ao descompactar as dimensões institucionais dessas duas abordagens, podemos repensar nossa relação com os resíduos de três maneiras: passando de consumidores individuais para responsabilidades coletivas na redução e recuperação de resíduos; caminhando para uma economia biorregional de processamento de resíduos; e reconhecer o valor socioecológico dos resíduos.

Uma economia circular pode ser realmente sustentável se ainda depende de resíduos como recurso?

O documento não responde diretamente a essa pergunta, mas sugere que a economia circular dominante vê os resíduos como uma oportunidade de crescimento sustentável, em vez de buscar reduzir o consumo e a produção. O artigo argumenta que, ao repensar nossa relação com o lixo de acordo com as linhas propostas pelo decrescimento (ou seja, mudar para responsabilidades coletivas, economias biorregionais e reconhecer o valor socioecológico), podemos avançar para um futuro mais sustentável.

Este artigo explora como o decrescimento e a economia circular oferecem diferentes visões para o futuro metabolismo social, com o decrescimento propondo um metabolismo circular para reduzir o consumo e a produção, enquanto a economia circular vê o desperdício como uma oportunidade de crescimento sustentável. O artigo identifica três aspectos institucionais que diferenciam essas abordagens e sugere que, ao repensar nossa relação com o lixo nos moldes propostos pelo decrescimento, podemos caminhar para um futuro mais sustentável.

Link para o papel: https://lnkd.in/eVPQ3DNh

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *