Compartilho, a interessante publicação de Luiza Loyola Romancini (Diretora de Sustentabilidade na Forest Paper e na Revita Ambiental.)
Você já deve ter ouvido falar sobre greenwashing. Essa palavra ficou muito popular nos últimos anos. A crescente preocupação com as questões climáticas e o apoio popular a iniciativas sustentáveis fizeram com que muitas empresas passassem a olhar para o tema “sustentabilidade” com mais atenção. Mas, algumas empresas se apresentam ou apresentam seus produtos como “amigas do meio ambiente”, mas quando olhamos para a operação e para as ações do dia a dia, percebemos alguns problemas e situações que mostram o contrário. O famoso “fala que faz, mas não faz efetivamente”. Essas empresas acabam criando uma imagem falsa de responsabilidade ambiental, muitas vezes usando o marketing enganoso.
A União Europeia identificou esse problema e desenvolveu uma nova diretriz para campanhas de marketing e publicidade com apelo ambiental: a “Green Claims Directive”, que será votada agora em março. O objetivo dessa nova diretriz? Oferecer mais transparência ao consumidor, exigindo que as marcas que se declaram ambientalmente responsáveis sejam capazes de comprovar isso com números sobre consumo de água e energia, dados sobre emissões de carbono, análises do ciclo de vida e potencial de reciclabilidade dos materiais.
Alguns países como França e Reino Unido já iniciaram esse movimento e têm monitorado e penalizado o uso vago e irresponsável de termos como “orgânico”, “compostável”, “verde” e “ecológico”.
Para muitas indústrias, pode até parecer um enorme desafio adequar-se a algo assim, mas olhando no longo prazo, entendo que seria um ganho imediato para o consumidor e também uma grande oportunidade para as empresas que ainda não olham com profundidade para esse assunto. Em resumo, não bastará apenas falar que a empresa é sustentável e amiga do meio ambiente, será preciso apresentar análises precisas, validações independentes e comprovações científicas que respaldam as ações que promovem a sustentabilidade.
Agora, a pergunta que não quer calar: você gostaria de ver algo assim no Brasil? Acha que funcionaria? Quero ouvir a opinião de vocês nos comentários.
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