Assim como veio a onda da sustentabilidade, agora é a vez da Economia Circular. Tudo passou a ter os conceitos de uma Economia Circular, será?
Vejo ações voltadas para o efeito, mas não estão considerando a causa.
Assim como na indústria da construção civil, química e têxtil, entre outras.
Soluções para melhor destinação dos resíduos estão sendo desenvolvidas, mas, o processo de fabricação continua ineficiente, geralmente.
Isto é preocupante, pois uma vez que existam, diversas empresas e sindicatos, que se interessam pelos resíduos, e faz bons negócios com eles, os responsáveis pela geração desses resíduos, continuaram fabricando, construindo e produzindo da mesma forma, pois seu descarte está sendo comercializado e valorizado.
Penso que isto foge ao conceito da Economia Circular, ou pouco se aproxima, pois o que se preza é a redução ou eliminação do resíduo. Se gerou resíduo, foi improdutivo, não cumpriu sua função, com todos os gastos econômicos e ambientais inseridos.
Entendo que a realidade atual, ainda está nessa produção de resíduos e tratá-lo com produto, dando-lhe retorno a cadeia produtivo, é de grande importância, como produto, reposição e reuso, mas também, é preciso avançar nesse conceito e não se acomodar por existir quem o queira. Sei que isso vai de encontro a grandes interesses, mas estou falando de vida.
Não irei bater palmas para o resíduo, pois ele não deveria estar ali, mas admiro os que estão tentando, hoje, dar nova vida a esse produto.
Sei que não se muda cultura, processo e leis, muito rapidamente, mas já não temos mais tempo para continuar dessa maneira, extraindo recursos virgens, usando e descartando.
Só que no conceito da Economia Circular, o processo, desde a origem, deve ser repensado, envolvendo projetistas, fabricantes, comerciantes, empresários, acadêmicos e gestores.
A Economia Circular veio para ficar, para salvar, para conscientizar, para ensinar e para transformar todo o aprendizado em ações.
Fonte: autoria própria