Chovendo no molhado… pode ser! Nossa experiência trabalhando na USIMINAS e logo em seguida na implantação e operação da Cia Siderúrgica de Tubarão (Hoje CST ARCELOR MITTAL) nos deixou com uma impressão que o mundo todo era igual quando se tratava de controle dos indicadores e dos objetivos desejados de desempenho da organização. O processo siderúrgico, em especial aquele de origem Japonesa (Nippon Steel, Kawasaki Steel, entre outros) sempre primou pelo mapeamento de todos os principais processos da organização e a partir daí intenso controle dos indicadores fundamentais, seja no Alto forno, Sinterização, Aciaria, Laminação, Financeiro, Administrativo, etc. Os trabalhos, projetos e sistemas estudados pela Engenharia Industrial aprofundavam estas questões nos estudos mais fortemente ligados a indentificação de gargalos e melhoria dos resultados de produtividade, redução de custos e combate às perdas nos processos.
O Gerenciamento por Indicadores seria portanto uma obrigação, ou o óbvio para qualquer gestor de organizações públicas ou privadas. Infelizmente não é o que estamos constatando por este imenso Brasil com milhões de empresas, milhares de órgãos públicos, mais de 5.500 prefeituras, etc, etc.. Um mundo de organizações carentes de uma gestão mais focada em resultados.
Um dos primeiros itens do processo de Gestão Estratégica diz: Onde estamos e onde queremos chegar? Ou seja, de imediato, já estamos buscando evidências quantitativas e qualitativas de um certo diagnóstico e de uma previsão de chegada. (Quem não sabe aonde quer ir, qualquer vento serve).
Qualquer sistema de gestão que queira ser moderno e eficaz terá no Controle científico dos processos e variáveis fundamentais o seu principal foco. De uma forma geral o procedimento de gestão por indicadores não é bicho de sete cabeças, apenas exige que se tenha o levantamento sistemático das informações de forma correta e a tradução deste levantamento em informações estatísticas básicas para a tomada de decisão. O modelo de gráfico que apresentamos neste post por si só mostra os vários elementos que possibilitam uma série de conclusões sobre a variável escolhida para ser controlada.
De uma forma geral o sistema de gerenciamento dos indicadores é montado da seguinte forma: Reúna sua equipe, escolha participativamente os indicadores mais importantes daquele processo, monte o sistema de levantamento periódico e disciplinado dos dados, estabeleça os gráficos de controle, faça análise das variações (curvas), identifique os pontos críticos, e aja no processo para reduzir os desvios e não conformidades. Feitas as correções, determine procedimentos para evitar novas ocorrências não desejáveis (prevenção). Simples não? Então vamos à luta. Veja também Kaplan, Balanced Scorecard – BSC.