ECO IDEIAS
O processo da Criatividade e Inovação é ilimitado. Esta potencialidade real de transformar elementos conhecidos e algo novo e útil é o verdadeiro sentido da INOVAÇÃO em nossos tempos, já dizia nosso grande amigo Robson Melo, um dos maiores especialistas em Sustentabilidade do país.
Juntar as questões e temas da Sustentabilidade com a prática da Inovação é o verdadeiro pulo do gato, levando-se em conta o momento que estamos vivendo, ou seja, estamos lidando com escassez de recursos naturais, consumos excessivos, perdas, danos ao meio ambiente, alterações climáticas quase que incontroláveis, uso da energia, resíduos perigosos, enfim uma série de fatos preocupantes e importantes que estarão sendo também discutidos na Rio +20, sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
Passeando pela internet deparei-me com a nota a seguir sobre o instigante processo criativo das pessoas que vivem com os olhos abertos para a melhoria de produtos e processos. Entrei no belíssimo site da Envolverde (www.envolverde.com.br) e me senti em casa com tantos fatos, dados e opiniões sobre as soluções criativas e inovadoras que o mundo tanto precisa. Neste momento pude, com grande satisfação ver o trabalho de Marcelo. Veja a seguir detalhes da reportagem:
“O químico Marcelo dos Santos, de Araraquara, São Paulo, desenvolveu após dois anos de pesquisa, uma composição química capaz de transformar o lixo orgânico em tijolos para a construção civil. A ideia é baratear a produção dos blocos de alvenaria, assim como, oferecer um destino sustentável ao lixo doméstico. Com o apoio do investidor e técnico em metalurgia José Antônio Masoti, o pesquisador criou também um maquinário que auxilia na separação do lixo orgânico do lixo reciclável.
Segundo Santos, o custo para fabricar o tijolo com a nova composição pode cair pela metade. No mercado, o tijolo orgânico custaria R$ 0,70, frente aos R$ 1,20 do bloco convencional.
A redução do valor é possível porque o produto originado pelo lixo doméstico é autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto utilizados na produção convencional. Mesmo sendo fabricados a partir de resíduos, os criadores afirmam que os tijolos são inodoros e livres de germes.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
O lixo chega como sai da casa das pessoas, dentro do saco plástico, e separamos os detritos do material reciclável, que é vendido para uma cooperativa e com o dinheiro pagamos a produção, afirmou Santos ao portal G1.
Depois da separação, o lixo orgânico passa por um triturador onde o material é moído. Logo depois ele é encaminhado para um misturador, onde a composição, patenteada pelo químico, é acrescentada.
Após essa mistura, os resíduos transformam-se em uma massa uniforme que é processada. Depois de pronta, ela é encaminhada a uma fábrica, onde passa pelo mesmo processo dos tijolos de concreto comum. É o mesmo processo, só adicionamos o composto transformado do lixo orgânico, que se mostrou muito mais resistente do que os tijolos com o composto comum, contou o pesquisador.
O EQUIPAMENTO
Já o protótipo do equipamento que transforma o lixo em tijolo tem capacidade de produzir 32 toneladas de pó ou fabricar 86 mil blocos para construção civil a partir de 200 toneladas de lixo, a um custo 40% menor do que o valor do mercado.
No mercado, uma máquina deste tipo custa em torno de US$ 100 mil, mas o químico, com ajuda de seu sócio, produziu a estrutura pelo equivalente a R$ 2,5 mil. Levamos um ano para construir a fábrica piloto, com material até de ferro velho e gastamos em torno de R$ 80 mil em tudo, comentou Masoti.”
Que venham novas ideis e projetos como o do Masoti!
FONTES: G1 – Publicado originalmente no site EcoD e também no Envolverde Jornalismo & Sustentabilidade