MERCADO DE TRABALHO

Um dos indicadores do aquecimento do mercado de trabalho e o bom momento econômico brasileiro é a preocupação das pequenas e médias empresas em estruturar equipes e profissionalizar os processos, contratando profissionais qualificados e revendo assim seus projetos.

Segundo Peter Noronha, sócio responsável pela regional capixaba da Asap – consultoria de recrutamento e seleção de executivos – no Espírito Santo a média gerência está sendo disputada não só entre as multinacionais, mas entre as empresas familiares e start-ups, por exemplo. “Essas estão criando estratégias diferenciadas para atrair esses colaboradores, em especial pelo alto grau de autonomia, exposição e influência mais direta no negócio da empresa” acrescenta Noronha.

O movimento de contratação para esses projetos é maior na média gerência (executivos que recebem de 5 a 15 mil reais por mês), pois são talentos em busca de desafios, autonomia e que aceitam se arriscar. “Quando analisamos o cargo de um coordenador em uma multinacional, comparado àqueles que estão nas pequenas e médias empresas, estes últimos estão mais próximos da liderança, porque as estruturas são mais enxutas. É uma oportunidade para adotar uma postura diferenciada que agregará mais valor ao negócio”, diz Peter.

Outro fator que tem atraído a média gerência a essas empresas é a remuneração. “Em uma grande empresa a estrutura é padronizada e dificilmente um coordenador receberá um salário fixo muito diferente dos demais profissionais do mesmo cargo. Já em algumas  pequenas e médias empresas a remuneração muitas vezes é indireta, ou seja, é dada pelo seu resultado (meritocracia) e alcança assim uma maior variação entre os executivos” conclui o sócio.

Colaboração: Flávia Martins

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