INOVAÇÃO – estratégia para a competitividade na indústria

Com o título “País constrói pontes entre ciência e indústria”, foi lançada neste mês de Setembro no Senado, a 12ª edição da revista Em Discussão!. A publicação traz um panorama da inovação tecnológica no Brasil hoje.

Participaram do lançamento o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e o diretor da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secs) do Senado, Fernando Cesar Mesquita.

Para Luiz Antonio Elias, o seminário permitiu colocar em debate, em nível nacional e entre os parlamentares, um importante tema para a construção da agenda do Brasil do futuro: a agenda da ciência, tecnologia e inovação. De acordo com o secretário, uma autoanálise possibilitou uma mudança de paradigma no país, que gerou a revisão das prioridades no mercado interno.

“A revista remete a uma colocação que é chave. O país fez uma forte inflexão no seu padrão de desenvolvimento e em sua posição internacional”, observou. “Todos nós sabemos que o Brasil tem superado as dificuldades da crise mundial pela dinâmica de seu mercado interno, mas também fez o mesmo com suas restrições históricas impostas ao próprio processo de crescimento, avançando significativamente na ciência, tecnologia e inovação.”

A mudança de postura, segundo sua análise, alterou também o cenário nacional diante da economia mundial. “Isso permite que através desta ferramenta tenhamos aquilo que se chama de exportação de alta intensidade tecnológica em quantidade, fundamentos da macroeconomia brasileira cada vez mais consolidados e certamente trazendo maior produtividade e competitividade.”

Elias avaliou que a publicação contribuirá no debate nacional para a construção da ‘a ponte entre a ciência e indústria’. “A capacidade do conhecimento que se traduz em benefícios e certamente em maior inserção nacional e internacional, através da economia brasileira”.

Comparação – Já o senador Eduardo Braga se referiu a gráfico publicado sobre a evolução do investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países na década de 2000 (até 2009), entre eles algumas das principais economias do planeta. Ele apontou uma diferença de postura entre Brasil e China – a evolução mostra a curva de investimento do país asiático superando a do percentual brasileiro no início da década e se distanciando dele para além da marca de 1,5% do total de riquezas produzidas.

“É necessário que o Legislativo e o Executivo prestem atenção a este gráfico”, alertou. “Hoje, é fácil compreender porque que a China alcançou maior resultado no desenvolvimento dos produtos com valor agregado e é líder mundial em várias destas frentes.”

Segundo Braga, o mapa internacional apresentado de P&D no setor privado mostra claramente a necessidade de investimento para que as empresas brasileiras alcancem os resultados desejados na economia. Outro caso específico abordado por ele foi o do crescimento sul-coreano. “O que aconteceu com a Coreia do Sul também foi a partir de 2000”, pontuou. “O país conseguiu ultrapassar a curva dos EUA no aumento do investimento em P&D privado na inovação em relação ao PIB. Foi exatamente no início dessa década que as decisões mais importantes fizeram a diferença nestes países.”

Edição de setembro – Com 72 páginas, a revista pretende explicar como o Brasil promove a inovação, desde a pesquisa básica até a oferta de produtos no mercado internacional. São apresentados problemas que prejudicam os resultados como burocracia, falta de recursos, falhas no sistema educacional e distância entre pesquisadores e indústria. Acesse a versão eletrônica no www.cnpq.br

As reportagens da edição de setembro identificam os problemas internos como fator de afastamento entre a economia brasileira e seus competidores internacionais, por impor que os produtos de tecnologia agregada sejam relegados a segundo plano por commodities de mineração e agricultura.

As políticas estabelecidas pelo MCTI voltadas a oferecer maior competitividade para a produção nacional, como a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), também são foco de matéria. A revista é produzida pela Secs do Senado e foi pautada pelas discussões promovidas pela casa legislativa, durante o seminário Caminhos da Inovação, em junho.

Entre os textos que citam o MCTI, “País investe em ‘fábrica’ de empresa” destaca o apoio a incubadoras de empresas, faz comparações com países da América do Norte e examina o cenário da política de incentivos fiscais nos estados. A matéria “Tudo começa pela escola” faz uma analogia entre a qualidade da educação no Brasil e o interesse dos alunos por ciência, tecnologia e inovação, com entrevista do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva.

Análises sobre a indústria como pilar da inovação mundial, o orçamento previsto para a Encti até 2015, Ciência sem Fronteiras e a porcentagem da indústria nacional beneficiada por incentivos federais são outras que tratam das instituições, ações e representantes do Sistema MCTI.

Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI

Colaboração: Iomar Cunha – Gerente de Inovação da FINDES

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