Mais de 5 mil e 500 municípios aguardam novos gestores por todo o Brasil continental em grande expectativa de RESULTADOS POSITIVOS na gestão pública municipal. As constatações não tem sido favoráveis aos bons resultados, ou seja, diagnósticos realizados por nossa consultoria em diversas prefeituras, tem mostrado um resultado geral pouco animador, ou seja, no conjunto dos dados obtidos, a gestão eficaz tem se mostrado ausente desse importante ambiente. É bom lembrar que o órgão público municipal nesse cenário brasileiro é um dos maiores empregadores locais, chegando até mesmo, em alguns casos a um certo exagero em termos de número de funcionários empregados.
A prefeitura típica tem grande importância para a economia municipal levando-se em consideração seu poder de compra e a já mencionada geração de empregos públicos mobilizando economicamente toda uma região.
A liderança da organização frente aos resultados pretendidos exige dos gestores e em especial do prefeito uma capacidade de liderança e gestão acima das condições normais perante a um ambiente extremamente complexo.
Esse desafio, denominamos de Planejamento Estratégico e Situacional PES, uma alusão ao modelo formatado pelo chileno Matus (O Planejamento Estratégico e Situacional, sistematizado originalmente pelo Economista chileno Carlos Matus[1], diz respeito à gestão de governo, à arte de governar. Quando nos perguntamos se estamos caminhando para onde queremos, se fazemos o necessário para atingir nossos objetivos, estamos começando a debater o problema do planejamento. A grande questão consiste em saber se somos arrastados pelo ritmo dos acontecimentos do dia-a-dia, como a força da correnteza de um rio, ou se sabemos onde chegar e concentramos nossas forças em uma direção definida. O planejamento, visto estrategicamente, não é outra coisa senão a ciência e a arte de construir maior grau de resultados aos nossos destinos, enquanto pessoas, organizações ou países).
A estratégia básica está fundamentada em 3 grandes áreas de resultados ao cliente (cidadão):
Projetos ou Marcas de Governo conjunto de projetos levantados junto à sociedade e ou pertencentes ao plano de governo na campanha. Neste ponto destaca-se a capacidade de planejar o que a sociedade espera do governante e seu grupo, e de projetos que antecipem a própria necessidade da sociedade. Esta antecipação é fruto de investimentos em projetos inovadores e fundamentais para o futuro do município.
Capacidade de Gestão Nesse ponto está o destaque ou desafio dos atuais gestores eleitos ou reeleitos em todos os municípios brasileiros. Enquanto o ambiente das empresas privadas mostra investimentos em educação e treinamento acima de 100 horas por pessoa por ano, o ambiente público não consegue ultrapassar míseras 10 horas. Tudo isso sem ainda considerarmos que competências essenciais são desprezadas nesse ambiente tão carente de novas técnicas gerenciais, motivação para o trabalho e qualidade na execução das tarefas prioritárias.
Governabilidade Imagina-se que esse é o ponto que mais tem merecido a atenção dos governantes, ou seja, o uso de táticas de negociações com lideranças políticas para a obtenção de votos para aprovação de projetos. Muitas vezes, esta tática leva o governante a situações muito complexas e comprometedoras o noticiário tem nos revelado tais conseqüências.
(No gráfico Radar acima, resultado do diagnóstico realizado em 2011 em uma prefeitura do norte do ES, em um dos seis itens de avaliação, a ORGANIZAÇÃO. O desejado é que a organização pública se situe entre 80 a 100% das respostas SIM ao questionário, que normalmente é aplicado para o corpo gerencial da organização, precedido por um treinamento sobre GESTÃO ESTRATÉGICA NO SETOR PÚBLICO MUNICIPAL. Os resultados obtidos nesse e em outros diagnósticos aplicados revela um resultado muitíssimo preocupante e exige uma nova postura de liderança e investimentos na gestão).
Acreditamos que uma gestão competente nos dois primeiros itens do PES pode levar o gestor público municipal a uma maior e mais transparente negociação da sua Governabilidade, ou seja, nossa crença fundamenta-se na COMPETÊNCIA E LIDERANÇA com foco na SOCIEDADE, no que ela espera ou naquilo que podemos antecipar em termos de bom planejamento do futuro. Senhores prefeitos, pensem nessa simples estratégia e tenham uma boa gestão a partir de 2013.
[1]Chileno, Carlos Matus foi Ministro do Governo Allende (1973) e consultor do ILPES/CEPAL falecido em Dezembro de 1998, ministrou vários cursos no brasil nos anos noventa (Escolas Sindicais, IPEA, Ministérios, Governos Estaduais e Municipais). Criou a Fundação Altadir com sede na Venezuela para difundir o método e capacitar dirigentes. Introduzido no Brasil a partir do final dos anos oitenta, o PES disseminou-se e foi adaptado amplamente nos locais onde foi utilizado, particularmente no setor público.
Os dilemas da gestão municipal democrática se apresentam como expressão dos conflitos de interesses do governo. O governo parte da idéia de que em cada coletividade local existe um interesse comum. Uma boa administração sabe, em princípio, em que este interesse comum consiste, e portanto, conhecem as necessidades da comunidade local. Promover um desenvolvimento urbano “sustentável” é a melhor maneira de fazer uma política para o bem-estar de todos os cidadãos.
….. Parabéns Getúlio adorei o tema, segue minha humilde opinião sobre a gestão municipal!