PROFESSORES – os líderes do conhecimento?

Saiu no Estadão: “Baseado nas respostas dadas aos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e divulgados em agosto do ano passado, o levantamento do QEdu mostra que dos 225.348 professores que responderam à questão, 101.933 (45%) leem sempre ou quase sempre, 46.748 (21%) o fazem eventualmente e 76.667 (34%), nunca ou quase nunca.

No caso de Denise (caso de uma jovem no ES, hoje professora), a leitura levou essa prática para as salas de aula, no entanto, muitos brasileiros terminam o ensino básico sem ler um livro inteiro. Para além da falta do hábito de leitura, a questão pode estar ligada a infraestrutura.”

O número de professores que não leem é chocante, mas isso pode estar ligado ao acesso. É preciso lembrar que faltam bibliotecas e que um livro é caro. Um professor de educação básica ganha em média 40% menos que um profissional de ensino superior. Acho que faltam políticas de incentivo. Não acredito que seja apenas desinteresse”, diz a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Nesse cenário de desculpas e possibilidades convém lembrar para o fato da disponibilidade de centenas de livros disponibilizados para download na internet, além das resenhas, resumos e monografias disponíveis em centenas de assuntos. Enfim, se os nossos professores não estão praticando esse saudável exercício do conhecimento, imagine então, os nossos alunos? Quando comparamos, a leitura de livros pela população de um modo geral, em relação aos demais países do mundo dá vontade de chorar.

O brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. Este é um dos principais indicadores a que chegou a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope Inteligência a pedido do Instituto Pró-Livro, entidade patrocinada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros). Temos uma média mundial constrangedora de acesso a livro em comparação a outros países. A Finlândia, por exemplo, tem uma leitura de mais de 26 livros per capita ao ano; países de primeiro mundo possuem uma média de leitura de 6 a 8 livros ao ano.


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