A MAIOR VITÓRIA

Mais uma belíssima contribuição ao nosso GESTÃO E RESULTADOS pelo nosso amigo escritor e conferencista, Ômar Souki.

A partir dos 12 anos de idade eu passei a ter interesse por livros de desenvolvimento pessoal. O primeiro que encontrei, por acaso, na Livraria Frei Orlando, de Divinópolis, Minas Gerais, foi O poder do pensamento positivo de Norman Vincent Peale. Naquela época, jamais poderia imaginar que, eu mesmo, me tornaria um escritor e um conferencista nessa área. Eu apenas sonhava em escrever um livro como aquele de Peale, que me inebriava com as suas idéias e com os seus exemplos de coragem e altruísmo. Foi nas profundezas daquelas reflexões, que o pequeno coração do menino Ômar começou a formar uma idéia mais nítida do que significava ter coragem, vencer! Nos filmes de cowboy a realidade era outra, vencia o que era fisicamente mais forte, mais ligeiro. Era o mocinho, admirado pelas mulheres e temido pelos homens. Com o tempo, porém, a maioria de nós aprende, mesmo que não tenha lido Norman Vincent Peale, que a maior vitória não é aquela que conquistamos fora, mas, sim, dentro de nós mesmos. Mahatma Gandhi chegou a nos dizer que devemos ser a mudança que almejamos ver no mundo.

Uma lenda japonesa ilustra o que é, de fato, ser vitorioso. Um grande samurai que vivia perto de Tóquio, mesmo idoso, se dedicava a ensinar a arte Zen aos jovens. Apesar de sua idade, diziam que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua força física e  por sua falta de escrúpulos, foi ter com o velho samurai. Desejava vencer o mestre e, com isso, aumentar a sua fama. O velho aceitou o desafio. O jovem partiu para o ataque e começou a insultá-lo. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se.

Os alunos surpresos perguntaram ao mestre como ele tinha conseguido suportar tanta indignidade, tanta humilhação. Ele, então, respondeu: “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”. “A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos. O sábio lhes explicou que o mesmo é válido para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. Esclareceu que a nossa paz interior depende exclusivamente de nós. Os outros não têm o poder de tirar a nossa paz, se nós não permitirmos que o façam.

Antes, porém, de chegarmos a essa sabedoria, muita água tem que passar debaixo da ponte.  Esse correr do rio não representa necessariamente anos vividos. Conheço pessoas que chegam à maturidade e que, em vez de se tornarem mais sábias, se transformam em velhos rabugentos. Como aumentar as nossas chances de crescer, não só em idade, mas também em graça e sabedoria? A resposta é simples, mas não é fácil. Da mesma forma que colocamos a comida na boca, devemos também alimentar nosso coração com pensamentos e sentimentos elevados. É preciso largar a preguiça de lado e seguir um programa diário de alimentação da alma. Como deve ser esse programa?

Foco no presente. Pare de se preocupar com o que fez ou com o que deixou de fazer ontem. Pare de correr para o futuro. Ele ainda não chegou. Não podemos respirar nem ontem, nem amanhã. Nossa respiração ocorre no agora! Viva junto com a sua força vital, com a sua respiração, com o sopro divino em você.

Marque um encontro com você mesmo. Você já se encontrou com você hoje? Faça disso uma responsabilidade diária. Marque pelo menos dois encontros com você de, no mínimo 15 minutos, diariamente. Escute o seu coração. Atenda aos seus clamores. Basta ficar em silêncio e respirar fundo, ele vai lhe dizer o que deseja.

Vença a pressa. Estamos correndo muito. Desacelere! Organize seu dia de forma que tenha mais tempo para cada um dos compromissos assumidos. O que não der para fazer hoje; faça amanhã. Não faça hoje malfeito o que pode ser feito amanhã, bem feito. Viva apenas o que consegue fazer, com calma, neste dia de hoje.

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