Descobre-se que não adianta apenas pensar nas vendas e nas receitas totais, é necessário focar e vigiar atentamente os custos da empresa. Outro ponto importante é a margem de lucro que já não é mais de propriedade do empresário – quem dita a margem hoje é o mercado. Isto vale também para produtos inovadores quando vencem o seu ciclo de exclusividade e se tornam praticamente uma commodity. Neste caso o que resta ao gestor é a ação no processo com foco preciso nos custos, até que o produto se esgote na sua função principal após sucessivas melhorias e é substituído por outro com maior e melhor tecnologia e fator inovação.
Selecionamos ao modo do método PDCA, 8 etapas de gerenciamento com foco no custo.
A primeira etapa, item 1, nos leva a considerar no planejamento as metas de custos e sua redução projetada ao longo do período e do processo de execução do produto e ou serviço. Esses metas vem de pesquisa de mercado, inicialmente, para depois se consolidar como prática da capacidade de processo da empresa.
Na segunda etapa, item 2, vem a determinação de métodos e meios para o alcance das metas. Lembrando que as metas e objetivos são da alçada do gestor maior. O conjunto de causas que dão origem aos efeitos deve ser gerenciado pelo gerente operacional ou qualquer outra função gerencial que tem as causas como item de verificação do desempenho.
O item 3 é dedicado a parte de educação e treinamento. Pesquisas recentes publicadas na revista Exame e resultados do Ranking de Produtividade do Trabalhador brasileiro, mostram que estamos numa situação bem abaixo das melhores nações. Nossa produtividade do trabalhador é considerada 5 vezes menor do que a americana, por exemplo.
Item 4 – Desenvolvimento ou execução. Aqui está o principal item dos empresários – Executar ou desenvolver. A pergunta que se faz é se a execução está plenamente sintonizada com as etapas anteriores do PDCA. Será que está?
Chegamos ao item 5, o famoso controle. Aqui está o princípio básico do gerenciamento tendo como foco a redução dos custos de produtos e processos. A análise das curvas de desempenho dá uma boa condição para a verificação de variabilidades e desvios que possam comprometer o custo previsto ou planejado. Lembrando Falconi, “que não controla, não gerencia”.
No item 6, Além do controle da variável principal de produção, tipo numero de peças produzidas, consumo de materiais, desempenho da qualidade, entre outros, é preciso também focar o controle de valores do custo e dos prazos de entregas.
No item 7 devemos nos lembrar que já passamos pelo planejamento, treinamento dos trabalhadores, execução controlada e minimização de defeitos e custos altos pela ação do controle gerencial. O item 7 dedica-se à analise do processo como um todo. Se os problemas identificados não são originários de falta de treinamento ou falha do padrão ou plano de trabalho, então devemos investigar o processo, identificar as causas e eliminá-las.
O item 8 é dedicado à ação de analises focadas na melhoria contínua. Em cada experiência vivenciada no ciclo, melhorias irão surgir pela necessidade de solucionar, prever problemas e também na melhoria da performance alcançada no ciclo. Aqui está o conceito de KAIZEN, ou seja, melhorias contínuas e incrementais para um bom desempenho. O resultado desse item 8 irá alimentar positivamente a revisão do item 1 – Procedimentos, padrões e ou planos.