COMPETITIVIDADE – o desafio brasileiro.

Nos últimos anos nossas pesquisas na área da Qualidade, Inovação, Produtividade e Competitividade forneceram informações impactantes sobre a questão dos rankings estratégicos e fundamentais para a sobrevivência e crescimento do nosso país. Numa visão geral, os resultados não são nada animadores.

Nossos colegas do Sistema Findes/SINDIFER estiveram em missões técnicas em vários países no ano de 2013, em especial a missão na CHINA e os indicadores levantados impressionam pela velocidade do crescimento dos nossos concorrentes, bem como de todo um conjunto de fatores estratégicos: logística, educação, agregação de valor, inovação, agilidade na burocracia e crescimento com velocidade.

Nas últimas palestras de especialistas no nosso estado, em especial, Dr, Marcos Troyjo da Columbia SIPA, School of International and Public Affairs – Promoção especial do CONPTEC/SINDIFER, e também do Jornalista e comentarista econômico Carlos Alberto Sardenberg durante o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Serra (www.serra.es.gov.br) nos levam a fazer uma análise crítica muito severa em relação à nossa baixa velocidade em implementar medidas nas “causas” do diagrama “causa-efeito” para que possamos lograr êxito na busca de melhores colocações nos melhores indicadores econômicos, sociais e em especial do conjunto de fatores sustentáveis.

Outro ponto já destacado aqui no nosso blog GESTÃO & RESULTADOS é o da produtividade do trabalhador brasileiro. Esse tema tem sido muito discutido pois existe uma correlação com outros temas importantes como por exemplo o da infraestrutura deficiente e logística emperrada no país. Uma pesquisa no nosso blog irá fornecer algumas informações sobre essa situação crítica.

A COMPETITIVIDADE NO MUNDO – IMD

O Brasil perdeu espaço, pelo quarto ano consecutivo, no cenário competitivo internacional, como reflexo da diminuição da eficiência da economia nacional. O país caiu três posições no Índice de Competitividade Mundial 2014 (World Competitiveness Yearbook), ficando em 54.º no ranking geral composto por 60 países, à frente apenas da Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Entre 2010 e 2013, o País saiu da 38ª posição no ranking para o 51º lugar.

Sétima maior economia global, embora atraia investimentos estrangeiros na produção e seja gerador de emprego, o Brasil não consegue sustentar seu crescimento, muito em parte atribuído ao seu complexo sistema regulatório e legislação trabalhista, aponta o índice. Os dados são do International Institute for Management Development (IMD), uma das principais escolas de negócios no mundo, com sede na Suíça. A Fundação Dom Cabral é a responsável pela pesquisa e coleta de dados no Brasil.

A competitividade da economia brasileira está sendo afetada pelo aumento significativo dos preços e baixa participação do País no comércio internacional (neste quesito, o Brasil ficou em 59ª colocação de acordo com o índice).

Veja infográficos do ESTADÃO a seguir. Este primeiro infográfico mostra as 10 economias mais competitivas que já vem se mantendo nos últimos anos.

GAF 2014_004O segundo quadro mostra a perda de posições do Brasil nas 10 menos competitivas:

GAF 2014_005

A infraestrutura defasada, que inclui estradas, portos, aeroportos e energia, continua sendo um ponto crítico, mostra o índice do IMD. E o custo da energia deverá trazer mais impactos negativos ao Brasil, que deverá perder posições no ranking em 2015. O país está em 51º em custo de energia, com custo médio de US$ 0,18 por quilowatt, enquanto a média dos outros países fica em US$ 0,12.

Outro fator que pesa contra o país é a eficiência empresarial. Nesse item, o Brasil fica em 46º. Entre os Brics, que incluem também Rússia, China, Índia e África do Sul, o País também está na lanterna. No ano passado, o Brasil estava à frente da África do Sul. Na comparação com os países da América Latina, o Brasil é o que apresenta maiores oscilações. O fato de o Brasil não avançar em fatores macroeconômicos pode significar um problema se o país quiser reverter sua queda no ranking. 

No topo da lista dos países competitivos, estão os EUA, Suíça, Cingapura e Hong Kong. O alto desempenho em tecnologia e infraestrutura, aliado à geração de emprego, refletem a força da economia dos EUA.

Fontes: Innovarepesquisa.com.br, IMD, Fundação Dom Cabral, Banco de Pesquisas CEBICT/FEST – Anotações palestras Troyjo e Sardenberg,  e Confederação Nacional da Industria – CNI.

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