Numa reunião, hoje – 05 de Novembro, na UFES tendo como tema o Planejamento Estratégico do Centro Tecnológico IV, ouvi uma frase sobre o que deveríamos ou não incluir em nossas propostas, citando a “moda” da Qualidade nos anos 80, e que a mesma estaria desgastada. Santo engano não é mesmo? Enquanto isso falamos da “moda” da Inovação, como termo do dia – Será a Inovação a próxima vítima? É preciso considerarmos que será temerária uma inovação, por mais radical que seja, sem a Qualidade, concorda?
As definições da Qualidade nos levam acreditar que estamos ainda longe do seu completo entendimento – Perdas, retrabalho, desperdício, não conformidades e tantas outras agressões continuam a atormentar milhares de empresas e principalmente no serviço público onde os níveis de capacitação ainda são muito baixos. Estamos sempre nos referindo ao fato de que, em termos de Qualidade, somos uma comunidade do percentual: 30% de perdas na produção de grãos, 50% de perdas na produção de água distribuída pelas concessionárias, 20 % de perdas na energia produzida, 10% de perdas provocadas pela insegurança no país, 40% de perdas no custeio das prefeituras e governos devido às práticas gerenciais inadequadas…. a lista é longa, e enquanto isto, os países lá do oriente estão trabalhando com 3,4 defeitos por 1 milhão de tentativas – o famoso método dos 6sigma – Vide GE, Motorola e tantas outras empresas de sucesso com atuação impecável dos seus black belts.
Por falar no assunto, qual é o seu nível de desperdício ou perdas em processos na sua empresa?
A “moda da Qualidade” não pode ser apenas uma medida de tendência central passageira. Se a Qualidade pode ser encontrada nos ensinamentos da Bíblia, podemos crer que ela vai se perpetuar enquanto a gestão não conseguir melhores níveis de Planejamento, Capacitação, Execução das Tarefas, Correção de rumos e Ação nas mudanças requeridas. Opa! Estamos falando do velho e bom PDCA? Sim, é ele mesmo.
Recentemente, o nosso valoroso PDCA, foi dado como desconhecido do empresariado capixaba como demonstrou pesquisa FINDES/SEBRAE para o setor indústria no ano de 2013 onde se ouviu mais de 1.000 empresas que mostraram grandes dificuldades no entendimento e uso do Planejamento, e poucos sabiam exatamente o que seria o exercício da Inovação em suas organizações, além de outros pontos fracos importantes.
Nossa participação na Academia Brasileira da Qualidade, vem reforçar nossas convicções de que estamos no caminho certo, devidamente reforçados por um grupo fantástico de velhos conhecidos e gurus da Qualidade com grande prestígio no Brasil e no Mundo. Estaremos publicando nos posts futuros artigos de grande importância e valor sobre a qualidade da gestão no governo pelo nosso consultor maior, Vicente Falconi. Aguardem!
Finalizando, “Quando as pessoas se envolvem com a Qualidade, análise de processos e revisão de padrões, aquele setor de produção incorpora e acumula tecnologia.” Kaoru Ishikawa, o guru japonês da Qualidade Total.