25 Frases Assassinas que Bloqueiam a Criatividade nas Empresas
Contribuição do consultor Ernesto Berg
Na era da competitividade, os dois grandes diferenciais, – aqueles que realmente distinguem uma empresa da outra e as tornam vencedoras -, são a criatividade e a inovação.
Einstein afirmava: “Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”. Se quisermos algo diferente teremos que fazer algo diferente. A era da competitividade exige pessoas que pensem diferente, que tenham ideias criativas e inovadoras.
Você do tipo ACMu ou ACMo?
Sabe o significado da palavra ACMu? É um acrônimo de Alto Coeficiente de Mumificação.
Somos levados a isso pelas rotinas do dia a dia, repetindo sempre as mesmas coisas. Aliás, grande parte dos ambientes empresariais é inibidora da criatividade. São autênticas usinas de mumificação, cujas frases prediletas são: “Você é pago para fazer, não para pensar”; “Quem pensa aqui sou eu, você só tem que executar”. Muitas empresas e gestores ainda classificam as pessoas como “mão de obra”, não como recurso ou talento humano. Isto é, consideram o ser humano como sendo mais uma “mão” na obra. E onde fica o cérebro nisso tudo? É bom lembrar que a mão executa, mas é o cérebro que pensa e cria.
Cabe aqui uma pergunta: “Quer saber se o ambiente em que você trabalha tem gente inovadora e criativa?” Resposta: “Preste atenção no que elas falam”.
Veja “25 frases assassinas” que indicam ambientes inibidores da criatividade:
“Sempre fizemos desse jeito, por que mudar?”
“Não pode.”
“É uma boa ideia, mas inaplicável.”
“Já tentamos isso antes e não deu certo.”
“Nunca tentamos isso antes, por que agora?”
“Não é desse jeito que trabalhamos por aqui.”
“O chefe não vai gostar.”
“É contra o regulamento.”
“É uma ideia sem pé nem cabeça”
“Vamos ser práticos.”
“É proibido!”
“Você não está sendo pago prá isso. Atenha-se às suas funções.”
“É uma bela teoria. Quero ver na prática.”
“Lá vem ele outra vez com suas ideias.”
“Tem que dar certo logo da primeira vez.”
“Se não der certo, você vai ter que se explicar.”
“O concorrente já está fazendo isso.”
“Isso não tem lógica.”
“Não pedi sua opinião.”
“De onde você tirou essa ideia maluca?”
“Suas ideias não se aplicam na nossa empresa.”
“Esse problema não tem solução.”
“Duvido que dê certo.”
“Estou fora. Já tenho muito o que fazer.”
“Não vale a pena fazer isso agora.”
Frases como essas identificam dinossauros ocultos nas organizações que em nada contribuem para a solução criativa de problemas, ou identificação de novas oportunidades de negócios.
E o tipo ACMo?
ACMo é o acrônimo de Alto Coeficiente de Motivação. São pessoas motivadas por desafios e em atingir objetivos relevantes. Nem toda pessoa motivada é criativa, porque ela pode estar
extremamente motivada em realizar determinadas tarefas e atingir objetivos, mas não interessada em ser muito criativa. Porém, toda pessoa criativa é, necessariamente motivada, pois persegue e se envolve constantemente com novos parâmetros, novas possibilidades, novos horizontes, e isso a excita, provoca sua curiosidade e testa seus limites. C. K. Prahalad, catedrático da Universidade de Michigan, disse que “devemos dedicar mais energia criando o futuro do que preservando o passado”. É o que o ACMo faz o tempo todo.
Peter Drucker, o papa da administração moderna que revolucionou toda a teoria e prática da administração no século XX -, foi enfático ao afirmar que “a empresa possui duas, e apenas duas funções básicas: marketing e inovação. Marketing e inovação produzem resultados, todo o resto são custos”. É um conceito arrojado sobre organização, mas deixa clara a importância que ele atribuía à inovação.
Texto extraído e condensado do livro “Manual de Criatividade Aplicada”, de Ernesto Artur Berg, Juruá Editora. Maiores detalhes sobre o livro acesse www.quebrandobarreiras.com.br seção de LIVROS, ou acesse aqui.
Ernesto Berg
Consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos. Graduado em Administração e Sociologia, Pós-graduado em Administração pela FVG de Brasília. Foi executivo do Serpro em Brasília por 10 anos e consultor Senior da Alexander Proudfoot Company de São Paulo.