Não há como não continuar a discussão dessa crise que no passado recente foi chamada de “marolinha” e que nos resultados reais tem se mostrado muito mais do que isso. Formamos com ajuda da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI, aqui do nosso ES, sob a coordenação do secretário Guerino Balestrassi um grupo denominado Comitiva da Qualidade e Inovação para visitar empresas e organizações que estão nessa luta ferrenha. Composto por representantes da própria SECTI, UFES, FEST, UBQ.ES e convidados a comitiva já visitou 5 organizações capixabas e podemos afirmar que os resultados são fantásticos. Estamos vendo na prática a busca de alternativas, agregação de valor e estratégias de sobrevivência e crescimento em meio à turbulência já conhecida e tão discutida. Em breve estaremos divulgando os primeiros resultados dos trabalhos da Comitiva como base para a formatação de maior integração entre os setores do governo, academia e empresários.
No conjunto das observações e reflexões o modelamento do ambiente da crise mostra um cenário confuso, de baixa confiança e desaquecimento de investimentos e produção. Quanto maior for o risco das rupturas e perdas maior será a necessidade de se pensar, criar e inovar para vencer tais obstáculos. Embora a receita seja aparentemente simples há muito trabalho pela frente.
É também importante citar que o discurso da inovação que hoje se espalha por todo o país deve ser sinergicamente atrelado aos componentes da gestão estratégica e eficaz das organizações, de uma forma geral, ou seja, não adianta pensar em grandes saltos tecnológicos se não conseguimos melhores desempenhos dos recursos humanos, convivemos com altos níveis de falhas e perdas nos processos, lay outs inadequados, qualidade sofrível em produtos e serviços, custos altos e sem controle… enfim, precisamos de uma base para dar o salto espetacular da novidade e da inovação como fator fundamental da competitividade duradoura e crescente.