HSM MANAGEMENT – Luciana Brito
Estudo recente conduzido por professoras da Universidade da Califórnia e pesquisador da Universidade de Stanford mostra que de 15% a 20% dos profissionais em posições que exigem um trabalho criativo veem a si mesmos como “artistas”, isto é, “criadores de produtos únicos que incorporam suas visões artísticas e pessoais”.
Em artigo na Harvard Business Review, Kimberly Elsbach e Brooke Brown-Saracino, professoras da Universidade da Califórnia, e Francis Flynn, professor da Universidade de Stanford, apresentam os resultados da pesquisa sobre a forma de colaboração entre profissionais criativos.
Os dados mostram que o profissional que se vê como “artista” prefere trabalhar de forma independente em projetos dos quais pode se apropriar e que no fim carregará sua marca criativa.
Isso o distingue da maioria de seus pares criativos, que tipicamente se autoidentificam como “solucionadores de problemas”. Estes prontamente abraçam outras ideias, colocam seus conhecimentos em prática em grupos colaborativos e ajudam a viabilizar comercialmente os projetos.
Os pesquisadores afirmam que em universos que vão de designers de brinquedos a cientistas envolvidos em pesquisa e desenvolvimento nas empresas, passando por roteiristas e outros criadores, eles têm encontrado uma composição muito similar de “artistas” e “solucionadores de problemas” nas organizações.
Para obter o máximo desses diferentes tipos de profissional criativo, Elsbach, Brown-Saracino e Flynn entendem que o primeiro passo é justamente saber mais sobre o perfil desses colaboradores. O segundo é dominar as estratégias que elevam as probabilidades de ganhar a confiança deles e, por fim, incorporar suas ideias.
A pesquisa identificou algumas táticas que as lideranças devem usar para aproveitar ao máximo os potenciais criativos de suas equipes.
Uma delas é que os líderes devem amenizar o entusiasmo. Embora “artistas” acreditem de forma passional em suas próprias ideias, eles são mais receptivos a análises externas que são apresentadas sem emoções.
O estudo mostrou que reações muito apaixonadas às ideias apresentadas podem se tornar ameaças aos olhos de seus criadores, que temem ter essas ideias apropriadas por outras pessoas ou áreas, excluindo sua participação e eliminando sua “marca” criativa do projeto.
Saber lidar e desenvolver a capacidade criativa de uma organização – com suas equipes compostas por “artistas” e “solucionadores de problemas” – é essencial para o sucesso nos tempos atuais.
Daniel Lamarre, CEO do Cirque du Soleil, tornou-se nos últimos anos uma das referências para as empresas em termos de liderança criativa e reinvenção do negócio.
Lamarre tem longa carreira internacional em diversos setores criativos e experiência em complexas negociações que resultaram em espetáculos grandiosos do Cirque du Soleil. Ele participa da HSM ExpoManagement 2015 com a palestra “Cirque du Soleil: liderança criativa na reinvenção do seu negócio”, em 10 de novembro, às 12h. O evento acontece de 9 a 11 de novembro de 2015 no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
Veja também: Para saber mais sobre a HSM ExpoManagement 2015 e todos os temas que serão tratados, visite o site da HSM; https://hsmeducacaoexecutiva.com.br