Sem desespero, pois apesar das várias evidências negativas do desempenho dos últimos anos da nossa economia, ainda há alguma esperança no futuro (dizem que a famosa “luz do fim do túnel” foi cortada).
A onda pessimista tem razão de existir e se reflete nos indicadores de vários setores, especialmente no indicador de confiança empresarial que anda muito baixo e isto é grave para um país que precisa retomar seu crescimento e controlar sua inflação.
Sob o ponto de vista empresarial poderíamos dizer que já passamos por sérias tormentas em nossa história recente e passada, e estas situações de risco e grande impacto em nossas aspirações de competitividade deixaram algumas lições, que chamamos aqui de aprendizado pela dor. Sugerimos então a leitura do quadro VISÃO ESTRATÉGICA DA ORGANIZAÇÃO como base para os nossos breves comentários.
Para chegar onde estamos hoje (e estamos bem vivos) é preciso relembrar que saímos do ponto A e chegamos ao B, passando por grandes dificuldades e esta viagem nos mostrou algumas boas competências que à luz do ambiente na ocasião se revelaram positivas e importantes para chegar onde estamos hoje – foi preciso competência, habilidade, muita garra e luta – enfim chegamos vivos! Mas é agora? Com o dólar na casa dos 4 reais e inflação chegando aos dois dígitos e tantas outras más notícias rondando, como é que fica?
Mais do que nunca o momento exige maior e mais efetivo comportamento de uma boa gestão, ou seja, a capacidade de planejamento e gestão será decisiva para a sobrevivência das empresas em cenário tão confuso e até mesmo perigoso.
Aí vem a questão: Em um cenário tão desastroso, sabemos exatamente onde queremos chegar? Sabemos dissipar as nuvens negras e encontrar o nosso porto? Aqui está o maior desafio da gestão dos últimos anos – saber dirigir nossa embarcação ao porto de destino, apesar das dificuldades já sabidas e das outras que ainda poderão surgir.
Sair do ponto B para o ponto C exige capacidade gerencial, inovação, sinergia (unir as forças internas e externas) e determinação para o foco escolhido. Não é um papel de um “chefe” e sim de um verdadeiro líder, dentro das melhores definições dos gurus da administração que esse mundo já conheceu. A propósito, texto de Paulo Campos, Exame: “Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, destaca quatro características que observou em executivos, gestores e alunos. São essas as palavras-chave: seguidores, resultado, exemplo e responsabilidade. Segundo Drucker, “O líder é alguém capaz de fazer com que os outros o sigam, sendo principalmente esta o tipo de habilidade que melhor o descreve. O líder eficaz não é alguém que se adore ou se admire. A qualidade da liderança não se mede pela popularidade que gozam, mas pelos resultados que ele consegue produzir”.
Esse líder realizador é que vai comandar a nova viagem para o ponto B considerando todos os obstáculos/pressões internas e externas à organização e os desafios do ambiente e no gran finale chegar ao ponto almejado e ainda reunir forças para buscar novos e melhores horizontes.
Não podemos deixar de considerar as ferramentas do benchmark, gestão por indicadores – metas e desafios, e do sistema de gestão com base na visão holística da sustentabilidade.
Sucesso na viagem! 2016 já está em alta velocidade e só nos restam 11 meses.