Nosso debate tem sido focado no Sistema de Gestão nas várias áreas de abordagem, por isso é que estamos sempre pensando e intervindo no modelo da organização que busca e tem foco e prioridade na obtenção de resultados. Essa estratégia tem sido utilizada com frequência em nossos trabalhos e proposições.
Após os encontros com o Café da Manhã Empresarial (Cristiane Kiefer) e também do Seminário Semanal de Empreendedorismo para os alunos dos últimos anos das engenharias da Universidade Federal do ES (prof. Herbert Carneiro), resolvemos voltar à nossa prioridade, ou seja, detalhar um pouco mais alguns conceitos e práticas que fazem a diferença e dão consistência ao processo de aplicação de um modo de gestão mais eficaz nas organizações.
A seguir os 8 PONTOS DA BUSCA DOS RESULTADOS – Gestão da Rotina e Inovação
O primeiro ponto nos leva a raciocinar e analisar o modelo de gestão a partir da célebre frase do poeta lusitano Fernando Pessoa, ou seja, se a vida é tão incerta, navegar, considerando a tecnologia empregada e controle exercido demonstra mais precisão e certeza no atingimento dos objetivos- Navegar é preciso, viver não é preciso.
O segundo ponto é uma sistematização do método de Causa (s) e Efeito. A base do raciocínio vem da permanente preocupação e ação no sistema de gerenciamento das causas e suas variáveis fundamentais para que possamos chegar ao efeito esperado (Ishikawa). A bandeira brasileira ilustra muito bem este ponto – para que tenhamos progresso e prosperidade é preciso gerenciar a ORDEM, organização, estabilidade e potencialidades.
O terceiro ponto nos leva à evolução do velho PDCA (Dr. Deming) aos tempos atuais. Não há uma grande mudança em termos de método e resultados, mas sim dos conceitos que são detalhados e explicitados no quadro geral que denominamos CICLO MDEC. Medir, Definir, Entender e Controlar – aqui está a essência do controle das rotinas prioritárias e fundamentais para a organização, e serve como base para a introdução controlada e bem assistida das inovações que processos, produtos e serviços requerem. Observação importante: Este quadro na concepção que está posta foi nos entregue para nosso conhecimento e estudos, pelo Prof. Herbert no início de 2016 e ainda não sabemos que é o autor da interessante formulação.
No quarto ponto aplicamos novamente o conceito do MÉTODO, do grego, META: Direção, e HODÓS: Caminho, no sentido de se obter uma visualização do sistema, variáveis e gestão de riscos. A representação gráfica nos leva às várias considerações que devemos aprofundar, tais como: Onde queremos chegar? Como isto pode ser feito? Quais são os riscos inerentes ao projeto e tarefas? Quais são os recursos que temos para esta empreitada? Quem são os envolvidos? Quanto tempo teremos para executar? Enfim, estamos nos aproximando do método típico de engenharia industrial, amplamente utilizado pelos gestores e pelos Círculos de Controle da Qualidade – CCQs, denominado 5W2H.
O quinto ponto nos leva a refletir sobre o modelo da empresa que temos o modelo que queremos ter, com base na filosofia e prática do Total Quality Control – TQC ou Quality Management – TQM. A mudança do modelo de gestão tradicional do modo “manda quem pode e obedece quem tem juízo” para o modelo da Inovação compartilhada por toda a empresa é o desafio que se apresenta hoje em todas as empresas e em todo o mundo. A busca desse modelo de gestão participativa tem sido permanente, porém não tão fácil como se poderia imaginar.
O sexto ponto diz respeito ao comprometimento de todos. Nada pode prosperar se não há a doação e sentimento de pertencimento de todos nós. Aqui podemos também destacar a importância dos nossos líderes empresariais que trabalham a motivação e dedicação dos seus colaboradores com foco centrado nas metas e objetivos da organização. Aqui está o desafio de transformar a empresa tradicional para uma nova empresa comprometida e inovadora preparada para os grandes desafios dos tempos atuais – vencer as crises e prosperar com a inovação e diferenciação no mercado.
Na dica número 7 temos também duas situações onde convivem o Kaizen (Melhoria Contínua) e o Kairyô. O Kaizen, mais conhecido de todos nós é a filosofia e prática da Melhoria Continua da Qualidade em tudo que se faz. Como está bem claro no quadro acima, é possível notar que os processos Kaizen podem perder o seu vigor quando as melhorias atingem o seu nível máximo de possibilidades de incremento da qualidade, valor agregado e função de uso sob o ponto de vista do cliente. No caso do Kayriô, define-se o processo onde a melhoria contínua se esgotou e então aplica-se investimentos para que o item de controle possa superar novos e radicais níveis de resultados. Em resumo podemos dizer que o Kaizen é um projeto de melhorias com pouco ou nenhum investimento. Kairyô é a melhoria radical a partir de investimentos mais significativos.
Oitavo ponto. Aqui é que entra a prática da organização que investe na sua capacidade de produção e o faz de forma simples porém objetiva. A revista que aparece no post é obra do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ES, e merece ser lida e refletida por todos.
Aqui pode-se imaginar a quantidade imensa de recursos que são deteriorados, abandonados e tantos outros. Nos casos práticos relatados podemos observar uma série de não conformidades em relação aos 7 pontos anteriormente relatados, cujo resultado final se mostra na forma de impactos negativos e perdas consideráveis.
Em meio a tantas dificuldade e crises estamos absolutamente convencidos de que precisamos de eficiência e também da eficácia da gestão combinados para a obtenção de resultados significativos e importantes para a ordem e o progresso das empresas, ou da estabilidade e crescimento das mesmas.