O livro Implementando a Inovação da Harvard Business School dentro da Série Gestão Orientada para Resultados relata várias experiências através de artigos de grandes autoridades mundiais no assunto INOVAÇÃO. Um desses artigos tem o título de Derrubando as Muralhas que Cercam a Criatividade Empresarial, escrito por Gary Hamel e Alejandro Sayago. O artigo detalha os 8 mitos da Inovação de Gary Hamel e sua correlação com os atuais esforços, muitos aleatórios e dispersos, em movimentos pró inovação em nosso país.
O livro da HBS merece ser lido integralmente em todas as suas proposições e aqui não podemos deixar de listar, pelo menos, os ditos 8 mitos da Inovação:
1o. Mito – As grandes ideias já começam grandes
2o. Mito – A inovação limita-se basicamente aos produtos
3o. Mito – A inovação só é para produtos de primeira linha
4o. Mito – A inovação não pode ser ensinada
5o. Mito – A inovação não é tarefa minha
6o. Mito – A inovação é arriscada
7o. Mito – A inovação é muito dispendiosa
8o. Mito – A inovação é uma exceção.
A ideia dos “mitos” é buscar o entendimento exatamente ao contrário do que se afirma não é mesmo? Então já podemos dizer que precisamos ter muitas ideias e que muitas começam bem pequenas e se tornam sucesso mais tarde e que não se referem somente a produtos mas a todos os processos que necessitam de aprimoramento e melhorias contínuas dentro e fora da organização. Podemos, com ajuda de Hamel afirmar que inovações radicais podem acontecer em processos de redução de custos e melhorias de performance e ainda, com planos de educação e treinamento podemos ensinar métodos e ferramentas que potencializem a capacidade inovadora de pessoas e equipes visando bons resultados, coisas que os japoneses vem aplicando desde o pós guerra (anos 50/60) com a introdução do Total Quality Control/Total Quality Management e mais recentemente com o Toyota Production System/Lean Manufacturing, desdobrando tais ferramentas para todos os colaboradores, em especial, via trabalho em equipe presente na filosofia dos Círculos da Qualidade e Grupos Kaizen/Melhoria Contínua.
Outro ponto a considerar é que sempre se ouve falar que não teremos inovação devido a falta de recursos em abundância para fazê-la acontecer. Não necessariamente. É preciso descobrir meios de experimentar novas ideias a baixo custo. Hamel propõe algumas perguntas em contraponto: “Que percentual de imaginação de minha empresa estou explorando? Quantos de seus funcionários podem dizer a si mesmos: Também sou responsável pela inovação em minha empresa”?
Podemos então dizer que atingir os melhores níveis de Inovação na organização, sejam em quaisquer classificação – desruptivas, incrementais, setoriais, com ou sem investimentos (kaizen/kaikaku), etc. vamos precisar de liderança proativa, gente, ideias, experimentação, criatividade… enfim de uma nova postura organizacional onde o ambiente é que vai proporcionar às pessoas condições para impactar serviços, processos e produtos de forma inovadora, com qualidade atingindo os melhores níveis de produtividade e de competitividade.
Criamos uma figura (veja a seguir) que trata do KAIZEN, que é uma filosofia e método de trabalho altamente focada na Melhoria Contínua e na Inovação na empresa. Acreditamos que iniciar pelo Kaizen é uma estratégia com alta probabilidade de sucesso para se atingir futuramente resultados exponenciais. Veja a figura – 10 princípios do KAIZEN.
Concluímos com aquela famosa frase que já citamos aqui no blog várias vezes: Tom Peters, no seu livro, Em Busca da Excelência, “Tudo vem das Pessoas”, principalmente a Inovação.