O FATOR HUMANO – gestão de pessoas

Desde o lançamento do revolucionário livro de Tom Peters, Em Busca da Excelência, o mundo empresarial vem discutindo o papel das pessoas nas organizações. Quando lançou seu primeiro livro, em 1982, Tom Peters estava iniciando uma caminhada que o tornaria conhecido como continuador do trabalho de Peter Drucker, considerado por muitos como o papa da moderna administração de empresas.

Antes de “In Search of Excellence” (que foi lançado no Brasil com o título “Vencendo a Crise”) Tom Peters havia estudado engenharia em Cornell (EUA) e concluiu o MBA e o PhD em negócios na famosa Stanford Business School. Depois de servir a marinha americana durante a guerra do Vietnã Peters juntou-se, nos anos 70, à McKinsey & Company, onde atuou de 1974 a 1981 como consultor. Em 1981, resolveu seguir carreira solo, abrindo sua própria empresa de consultoria, que hoje faz parte do Tom Peters Group.

Peters deixou uma marca que ficou visível em seus vários livros: “tudo vem das pessoas”.

O mundo mudou, as técnicas avançaram e houve o estrondoso impacto das novas tecnologias na vida das empresas e das pessoas. Os cursos se modernizaram, infra estrutura e ambiente de estudos e trabalhos também passaram por grandes mudanças. Agora, estamos aqui vivendo um novo milênio, e constata-se que mudanças são necessárias no ambiente da educação e capacitação corporativa.  Seria uma “Administração de volta às origens”? (Referencia ao Livro: ADMINISTRAÇÃO DE VOLTA AS ORIGENS (1988),  A ARTE PERDIDA DA LIDERANÇA, autores: Matthew J. Culligan, C. Suzanne de Akins e Artyr H. Yung – Editoria Best Seller)

Reportagem recente da Revista ÉPOCA NEGÓCIOS (ver epocanegocios.globo.com) mostra que algo esta acontecendo no que se refere à gestão de pessoas: “Cálculos, metas, índices, resultados. Depois de um longo período em que tudo o que importava eram as competências mensuráveis, os cursos de MBA estão sendo reformulados e, agora, ganham foco maior no chamado “comportamental”. Para tanto, vale incluir disciplinas que discutam em sala de aula desde a boa e velha gestão de pessoas até mesmo valores e crenças pessoais.

O movimento, na avaliação de Silene Magalhães, gerente-coordenadora dos programas de pós-graduação da Fundação Dom Cabral, é um reflexo do colapso econômico mundial de 2008. “Com a crise houve um mergulho das principais escolas que fazem educação executiva sobre o papel do MBA na educação dos executivos – tão orientados para o resultado financeiro que contribuíram para o episódio. Daí essa preocupação dos cursos em atingirem um equilíbrio maior entre o que é ferramental e o comportamental

Em uma discussão de grupo com dirigentes de empresas feita pela Trevisan Escola de Negócios, um presidente reclamou que, apesar de sua equipe ser formada por ótimos técnicos, eles não tinham valores alinhados aos da empresa. “Essa foi uma demanda unânime apontada pelas companhias que ouvimos”, conta Olavo Henrique Furtado, coordenador dos cursos de pós-graduação e MBA da Trevisan. “Em função da crise, as empresas também começaram a questionar o preço dos cursos, já que seus profissionais não conseguiram prever o evento.”

Esses dois fatores fizeram com que a Trevisan reformulasse todos seus cursos, agora estruturados em três eixos: capacitação técnica; habilidades para ação do executivo e do gestor; e valores, crenças e atitudes.”

Concluindo, estamos mesmo de volta às origens, ou seja, o que já foi dito na bíblia (Lições de liderança de Jesus, Bob Briner), passando por Maslow, Harzerberg, Drucker, Taylor, Peters e tantos outros gurus, o ser humano e seus motivos para agir (motivação), ainda é o diferencial nas organizações, sem contudo, desprezar técnicas e tecnologias que são apenas ferramentas que em mãos certas e inspiradas podem ajudar a mudar o mundo.

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