CUSTOS DA QUALIDADE – 1a ETAPA

Se dizia no passado que para vender um produto ou serviço bastava calcular os custos e estabelecer os preços para venda. No mundo atual quem coloca o preço final de venda é o cliente, restando portanto ao produtor cuidar dos seus custos para conseguir uma certa margem que ofereça sustentabilidade e crescimento empresarial. Ou seja, o mundo mudou e muitos ainda não perceberam os detalhes (importantes) desta mudança.

Hoje estaremos postando a primeira parte deste assunto extremamente importante chamado GESTÃO DOS CUSTOS para sobrevivência no mercado ultra competitivo. Nossa fonte é o autor da Qualitymark Editora, Álvaro Frota, em seu livro: O BARATO SAI CARO. Vamos entender alguns conceitos e ao mesmo tempo fazer um esforço para pensar no ambiente da nossa própria organização.

1ª. Parte: Custos de Falhas Internas

O que são CUSTOS originados por Falhas Internas da empresa? São os Custos associados aos produtos  defeituosos, quando estes ainda estão no interior da empresa. Esses custos desapareceriam caso não existisse defeito algum nos produtos, antes de estes serem despachados para os clientes. No caso de serviços existem condições similares, ou seja, o paciente que volta ao hospital após uma cirurgia, o retrabalho originado por um check in mal feito ou incorreto na companhia aérea e tantos outros problemas.

Alguns exemplos de subcategorias ou itens de custo de falhas internas são:

Sucata ou  Rejeito ou Refugo: O custo da mão-de-obra, do material e as despesas gerais que foram necessárias à produção de itens defeituosos que não podem  ser consertados. Pode ser adicionalmente subdividida entre sucata gerada na própria empresa e sucata proveniente dos fornecedores.

Retrabalho: A mão-de-obra, o material e as despesas gerais necessárias  para a correção de itens defeituosos, de forma a torná-los adequados ao uso. Também pode ser subdividido entre trabalho originado  na própria empresa e retrabalho sobre itens defeituosos provenientes dos fornecedores.

Reinspeção ou Reteste:  Custos associados à repetição das inspeções ou testes nos produtos retrabalhados. Igualmente pode ser subdividido entre reteste de itens da empresa e dos fornecedores.

Disposição: Custos para  se decidir se e como os produtos adequados ao uso mas em desacordo com as especificações podem ou não ser utilizados.

Análise de falhas: Custos decorrentes da análise dos produtos defeituosos, visando identificar as causas das falhas e projetar a correção dos problemas encontrados.

Ação  Corretiva: Custos incorridos na atividade de corrigir os processos produtivos de modo a eliminar as causas de falhas.

Desvalorização: A diferença entre o preço normal da venda e o preço reduzido em consequência de problemas de qualidade nos produtos.

Resumido esta primeira etapa: Nossas falhas são muito mais críticas e caras do que poderíamos imaginar não é mesmo? Levantamentos feitos por órgãos e institutos especializados mostram que o Brasil perde até 10% do PIB com defeitos e erros em suas indústrias. Mas tudo isto pode ser mudado a partir de uma gestão mais competente e preocupada com os resultados – é o caso do trabalho de Jack Welch na GE onde foi adotada uma série de metodologias científicas para reduzir a quase zero as imperfeições, falhas, defeitos e retrabalhos na empresa (Projeto 6 sigmas, por exemplo). E você, o quem tem feito na sua empresa?

Referência: Livro de Àlvaro Frota, O BARATO SAI CARO, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, Adaptação; Getulio A Ferreira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *