A melhora no ranking, contudo, ainda não tira o país do patamar considerado de “baixa” competitividade entre os 43 países analisados.
O Brasil encerra 2012 na 37ª posição no ranking de Índice de Competitividade elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O país registrou a nota 22,5, em uma escala de 0 a 100, com alta de 0,1 ponto e subindo uma posição desde 2010.
Entre 2000 e 2011, o Brasil ganhou três posições, com variação de 5,1 pontos. A melhora no ranking, contudo, ainda não tira o país do patamar considerado de “baixa” competitividade entre os 43 países analisados.
Os Estados Unidos mantêm a liderança, com 91,8 pontos, seguido por Hong Kong (75,3), e Suíça (74,7), com índices “elevados” de competitividade.
Na comparação com países selecionados – com renda intermediária e que mais avançaram no ranking em longo-prazo – o Brasil segue atrás da Coreia do Sul, China, Rússia e Argentina. Os dois países asiáticos estão entre os que mais subiram no ranking desde 2000 – 8 e 9 posições, respectivamente. Apenas a China cresceu 15 pontos no mesmo período.
Os fatores que contribuíram para o ganho de competitividade dos dois países, de acordo com a Fiesp, foram o aumento de produtividade da indústria, dos gastos em pesquisa, desenvolvimento e educação, e do número de patentes. (QUALIDADE, PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO).
Segundo José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, a estratégia para o crescimento brasileiro no ranking é acelerar a expansão do seu Produto Interno Bruto per capita e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Nos dois quesitos o país apresenta variações menores que a média geral das outras nações. Para Roriz, o nível de produção industrial está em situação “crítica” e é o ponto mais fraco do país, em comparação com outros drivers da economia nacional como consumo e investimentos.
Ele defende que o Brasil siga um “modelo de investimentos” para sustentar taxas de crescimento maiores. “O que faz o PIB crescer é maior investimento e participação da indústria. O modelo baseado no consumo ja está saturado”, criticou.
fonte: Movimento Brasil Competitivo – MBC