Omar Souki é um desses amigos que você precisa agradecer a Deus em tê-lo por perto. Nos conhecemos a algumas décadas (faz tempo…). Apesar do tempo, nossa convivência continua dando frutos inestimáveis, e também, apesar da distância entre Minas e nossas terras capixabas.
Conversamos nessa última semana e o resultado é esse belíssimo artigo sobre a ALMA DO NEGÓCIO, que é uma síntese de seu livro com o mesmo nome. A partir dessa experiência, teremos Omar Souki sempre por perto, colaborando com o nosso blog.
Confira o texto dessa semana:
Dobson Borges, diretor da Simeon, empresa de consultoria em estratégias empresariais, juntamente com alguns colegas, criou em Goiânia o programa de rádio A alma do negócio, (na Luz da Vida FM 90,7). O programa tornou-se líder de audiência entre o empresariado local. Seu foco é a valorização da espiritualidade no desenvolvimento das pessoas. Em 2011, a editora Thomas Nelson re-lançou o sucesso editorial Além do topo (Over the top) de autoria de Zig Ziglar, que mostra como podemos alcançar tudo o que desejamos desde que estejamos dispostos a ajudar nossos semelhantes a conseguirem o que eles querem. Nessa obra, Ziglar garante que nossa paz de espírito depende de nós mesmos e somente é atingida quando decidimos quem realmente somos e onde desejamos passar a eternidade. Tanto o programa de rádio quanto a obra de Ziglar, demonstram que é preciso ser antes de fazer e fazer antes de ter. Ambos enfatizam a importância do cultivo da espiritualidade e de colocarmos Deus em nossa vida e em nossos negócios. Ziglar cita dados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrando que as pessoas que praticam uma religião que acreditam em Deus e abrem espaço para Ele , são mais felizes e saudáveis, aumentam sua auto-estima, possuem casamentos mais felizes e duradouros e conseguem escapar da pobreza. Ziglar conclui que o aspecto espiritual tem um papel significativo na busca por uma vida melhor.
Quando abri a publicação sobre As melhores empresas para se trabalhar em 2011, me perguntei: Será que o comportamento dessas empresas, de alguma forma, reflete as atitudes propostas pela Alma do negócio e por Zig Ziglar?. Em primeiro lugar da lista está a Volvo. Presente nesse ranking desde 2005, a empresa se destaca pelo seu foco no bem estar do colaborador, que tem participação nos lucros da empresa. Em 2010, além do salário, distribuiu 9.000 reais para todos os funcionários sem exceção.
Em 2011 a previsão foi de que ninguém iria ganhar menos do que 15.000 reais extras. Mas, dinheiro não é tudo. A empresa disponibiliza o Personal Business Plan que é um plano de desenvolvimento individual, revisado anualmente. Nele, o funcionário expõe suas ambições e indica os cursos que gostaria de realizar (comportamentais, técnicos, ou de assuntos variados como finanças pessoais). Há um subsídio de 50% da mensalidade de cursos do Ensino Fundamental até o doutorado. A empresa conta atualmente com 40 mestres e dois doutores. O pacote de benefícios inclui plano de saúde e odontológico. Além disso, reembolsa 70% dos gastos com medicamentos, sem teto fixado, e óculos e lentes até o limite de 250 reais. O auxílio creche é de 350 reais por mês e dura até a criança completar 7 anos. Há também previdência privada e a fábrica possui uma academia de ginástica em suas dependências. Ações relativas à qualidade de vida na empresa são tratadas com a mesma seriedade que as outras práticas de administração. As mães já contam com a licença maternidade de seis meses e também lhes é dada a possibilidade de trabalhar meio período em casa até que a criança complete um ano de idade. De acordo com o artigo da revista Exame, na Volvo a casa está arrumada e seus moradores estão felizes.
Depois de ler relatos sobre a Volvo e muitas outras empresas que são consideradas como lugares bons para se trabalhar, eu voltei a pensar no programa Alma do negócio e no livro de Ziglar. Como eles sugerem, quando ajudamos os outros crescerem, também nós somos amplamente beneficiados. As organizações que constam naquela lista são também destaque em seus setores. São empresas altamente lucrativas, caso contrário, não conseguiriam distribuir seus resultados nem manter programas agressivos de auxilio ao colaborador. Dadas essas evidências posso afirmar que, para o ser humano, o mais importante é a alma, e para o negócio, a alma é o ser humano!
Omar Souki é engenheiro, escritor e palestante com atuação no Brasil e exterior. Seus vários livros podem ser encontrados nas principais livrarias do país e também na internet.