PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO AMBIENTAL – reflexões

INOVAÇÃO é a palavra da moda. Todas as organizações “antenadas” estão buscando ser competitivas, via inovação, isto é um caso recorrente. Vamos todos aderir à Inovação. Ficou faltando dizer, que além dos recursos é preciso também dizer COMO fazer a inovação acontecer. Ou seja, como sair da teoria para a prática. Aqui está o grande desafio.

Se o termo INOVAÇÃO está ficando batido, a culpa é nossa, pois é preciso que todos os ramos da atividade produtiva estejam sintonizados com o conceito e também com a prática dos métodos da criatividade e sua ligação com a inovação.

Alguns buscam a Inovação Radical como grande objetivo em seus planos, entretanto, o salto da situação atual até o ponto pretendido, também é radical e  difícil de ser atingido. Melhor será focar um conjunto maior e significativo de Inovações Incrementais, do tipo KAIZEN japonês, e no meio delas, encontrar uma com as características da Inovação Radical. Historiadores contam que a famosa descoberta da lâmpada incandescente, por Thomas Alva Edison ocorreu em meio a 1.100 outras patentes. (1835).

Atualmente muito se fala na Inovação Ambiental (mas não seria melhor uma Inovação Sustentável?). Este foco no “ambiental” tem justa escolha e importância, não só pelos apelos emocionados da mídia, pelos limites técnicos e possíveis impactos ambientais, mas também pela importância do assunto quando o relacionamos com a questão da produtividade dos processos em quaisquer tipos de atividades produtivas. A baixa produtividade nos leva quase sempre a algum tipo de desperdício ou perda de processo. Toda perda é um problema que pode ser impactante ao meio ambiente e quase sempre ao conjunto de fatores da sustentabilidade (econômico, social, espacial, ambiental, humano).

No final da linha vem produto e resíduos gerados na sua confecção. O que fazer com tais resíduos? Novamente a questão da inovação que pode ajudar na melhoria da produtividade e também ajudar nos 3Rs – Reutilização, Reciclar e Reduzir. No processo siderúrgico, por exemplo, a escória granulada gerada no Alto Forno, é um resíduo importante, sendo largamente utilizada na indústria do cimento. A escória da Aciaria é usada na pavimentação de estradas e outras aplicações. São inúmeros os exemplos de boas aplicações de resíduos, o que não deixa de ser uma Inovação Ambiental.

Em todos os casos, além de pesquisadores, da academia, dos especialistas de engenharia industrial é preciso contar com a criatividade e inventividade de todos os empregados das empresas e organizações comprometidas com a questão. Este envolvimento e comprometimento é o que denominamos de Clima de Inovação Permanente, e ele só pode ser conseguido com uma atuação forte e determinada dos gestores (não chefes) que possam liderar as grandes transformções e fomentar a inovação.

Em tempo. Não podemos esquecer da importância da Qualidade Total, Círculos de Controle da Qualidade – CCQ,  e suas ferramentas e também do PROJETO 5S como facilitadores ao tema.

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