QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO, digo Hot Dog?

A CRISE E O HOT DOG

A história que vou contar aqui já foi publicada no Blog em 2011, mas confesso, vou atender o amigo Gilson Bósio e republica-la. Gilson é um grande cara. Espirituoso, vivaz e antenado com as tendências e problemas da rotina e também de olho no futuro. Trabalhamos juntos na então Coimex – SEOC no final dos anos 90 – Grande companheiro.

Então vamos lá: Meados da década de 90 (não me lembro da data específica) eu estava em São Paulo em visita técnica a Volkswagen do Brasil, sendo recepcionado pelos grandes amigos Luiz Carlos Gianello e Márcio Migues. Naquele momento as atenções se voltavam para as questões da Qualidade Total, Círculos da Qualidade e demais técnicas, ditas na época, de origem japonesa.

Estando no centro da metrópole paulista me dirigi a uma copiadora para providenciar cópias de documentos e algumas apostilhas. Observei junto ao balcão da recepção um texto já meio amarelado falando sobre um tal de Hot Dog e a Crise. A leitura foi rápida e muito interessante pois encaixava-se perfeitamente a tudo que estávamos ouvindo e assistindo na mídia naquele momento.

A inflação dos anos 80, em especial no governo Sarney provocou grandes alternações na vida dos brasileiros. Os anos 90 começaram com instabilidade, e confisco de poupanças do presidente Fernando Collor. Os negócios escusos de Collor mais tarde levariam milhares de jovens (mobilizados por uma forte campanha de mídia) a criarem o movimento “Caras Pintadas” e pedirem seu impeachment.
Em meio a tudo isto surgiu este belo texto escrito no final dos anos 50. Veja, e avalie sua aplicabilidade aos dias de hoje:

“Era uma vez um homem que vivia à beira de uma estrada, onde vendia cachorro-quente. Ele não ouvia bem, por isso não tinha rádio. Tinha problemas de visão, por isso não lia jornais.

Mas ele vendia cachorro-quente.

Colocava cartazes na estrada, fazendo propaganda da qualidade de seu produto. Ficava na beira da estrada e oferecia o seu produto em alta voz, e o povo comprava.

Lentamente foi aumentando as vendas e cada vez mais aumentava a compra de salsicha e de pão. Comprou um fogão industrial para melhor atender os fregueses. O negócio prosperava: o homem conseguiu até mesmo enviar seu filho para estudar na capital.

Certo dia, o filho, já formado, retornou para cuidar do pai e viu que as coisas não mudavam naquele lugar. Em casa, chegou logo dizendo ao pai: Você não ouve rádio! Nem lê jornais! Há uma crise no mundo. A situação na Europa é terrível e a do Brasil ainda pior. Tudo está indo para o vinagre.

O pai logo pôs-se a refletir: “Meu filho estudou, lê jornais, ouve rádio e só pode estar com a razão.” Então resolveu reduzir as compras de salsicha e de pão. Tirou os cartazes de propaganda e já não anunciava tão alto seu cachorro-quente, abatido que estava pela notícia da crise. As vendas foram caindo, caindo, caindo…

Então o pai finalmente disse ao filho:
– Você estava certo, meu filho. Nós certamente estamos vivendo uma grande crise.”

MORAL DA HISTÓRIA: PARA PENSAR E AGIR!
Às vezes a determinação, esforço e vontade valem mais que o conhecimento

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