Trabalhar em equipe, gerindo os talentos e suas forças com foco em resultados tem sido o grande desafio dos gestores e líderes de ontem, hoje e também será no futuro. A questão básica, como se vê no quadro acima, é que há grande facilidade do isolamento em termos de setores, gerencias, departamentos, filiais, e no caso do poder público pela sua mega estrutura de secretarias, gestores, assessores, etc, e neste caso o problema é ainda muito mais sério. Os termos comumente utilizados na rotina diária, tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ou “Não sei do que seria desta organização sem mim…” entre outras, revela apenas a atitude egocêntrica, focada em objetivos particulares do que no foco estratégico da organização. Ah… temos ainda a famosa burocracia e um amontoado de novas regras criadas a cada dia e o pouco cumprimento de tudo que foi estabelecido.
O modelo “ilha” nos leva a dispersão de objetivos e perda de sinergia e produtividade, e por conseguinte de resultados e competitividade. Os governos dos estados, por exemplo, estão experimentando esta prática de forma cruel e improdutiva. Estruturados em um contexto confuso e disperso de um sem número de secretarias e vários outros órgãos de apoio, acabaram por perder o que chamamos de CAPACIDADE DE GOVERNO, que é em resumo a competência em gerenciar os meios (causas) de forma integrada para atingir com eficácia dos fins (Efeitos desejados). Integração e gerenciamento são palavras chaves importantes e essa observação vale para todos os tipos de governos e também para as empresas privadas de médio e grande portes.
Somos campeões mundiais de desperdícios de alimentos, de ineficácia comprovada em produtividade da mão de obra, de baixo investimento em Ciência e Tecnologia, de gargalos na infra estrutura, entre outros igualmente importantes. O desastre pode ser maior quando somamos tudo isto ao modo gerencial atrasado e improdutivo que vemos todos os dias em todos os setores.
Não há outra alternativa senão abrirmos os olhos para uma nova realidade. Seria interessante que todos fizéssemos uma leitura bem profunda da Revista Exame, 1046, que tem como destaque de capa o título: NUNCA SEREMOS RICOS? Merece profunda reflexão e as devidas ações. Um choque de gestão e amor pelo trabalho inteligente é muito bem vindo.