Para manterem-se atualizadas e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece, quase que diariamente, as micro e pequenas empresas (MPE) enfrentam o desafio de adotar atividades inovadoras, suprir as necessidades dos clientes, reter talentos, implementar processos e melhorar sua competitividade. Mas nenhuma ação isolada é suficiente para o sucesso da gestão, se a organização não internalizar a cultura da busca pela excelência.
Como forma de sensibilizar e incentivar esse processo, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) dissemina o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), que tem como base os fundamentos e critérios de excelência. Com a adoção do Modelo, as empresas passam a ter uma visão sistêmica da sua gestão, por meio da análise e implementação constante de oito critérios (Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados). Para trazer esses conceitos à realidade das MPEs, a instituição promove, periodicamente, a atualização e adaptação de tais critérios para auxiliar organizações de todos os setores a percorrer esse caminho.
Mais do que apresentar conceitos de alinhamento e estruturação dos componentes da gestão, o uso do Modelo possibilita às MPEs o exercício da autoavaliação e a implantação de um programa de busca pela excelência, o que aumenta a competitividade da empresa, melhora o clima organizacional, eleva o desempenho financeiro e, principalmente, estabelece uma sistemática eficiente de gestão dos seus clientes. Além disso, as MPEs alinhadas aos critérios e fundamentos de excelência tornam-se mais bem preparadas para superar os desafios e se adaptar às mudanças complexas que afetam o mundo corporativo.
De acordo com um estudo feito pela consultoria Mckinsey e replicado no Brasil pela Omni Marketing, a pedido da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), os negócios e a gestão das organizações devem ser impactados, nos próximos anos, por cinco forças globais de transformações.
Consideradas as maiores tensões e oportunidades para inovações, tais forças contemplam o crescimento de mercados emergentes; as alterações demográficas, a sociedade e a produtividade do trabalho; o fluxo global de produtos, informações e capital; as mudanças climáticas e a sustentabilidade; além do crescimento do papel dos governos nas economias e na sustentabilidade ambiental e social.
Diante desse cenário de incertezas e constantes transformações globais, estruturar a gestão da empresa e se antecipar a essas mudanças passa a ser primordial para que as MPEs tenham visão de futuro e saibam identificar seus pontos fortes e oportunidades de melhoria, de forma a melhorarem a administração do negócio e se tornarem mais competitivas.
Gerir bem o negócio é, enfim, essencial à sobrevivência das empresas. E, cada vez mais, as MPEs estão conscientes e preocupadas em buscar a excelência da gestão o que se reflete na ampla participação dos micro e pequenos empresários no MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, realizado pelo SEBRAE, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e que em 2012 bateu recorde de inscrições com quase 80 mil inscritas espalhadas por todo o país e mais de 38 mil autoavaliações preenchidas. Esse aumento mostra que mais de 38 mil empresas receberam um relatório diagnóstico da gestão da sua empresa com pontos fortes e oportunidades de melhoria, tornando-se assim mais capazes de implantar ações eficientes e eficazes, que possam gerar retorno ao negócio e valor para a sociedade.
Atualmente responsáveis por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e por 54% dos empregos formais, as MPEs dependem de sua capacidade de estruturar uma gestão eficaz e competir no mercado para reagir às transformações globais e garantir sua perenidade. Levando isso em conta, a FNQ acredita no potencial dessas organizações para o crescimento econômico do País e aposta na adoção de práticas sistêmicas de gestão das micro e pequenas empresas para ampliar a competitividade e proporcionar mais chances de sucesso.