Já se vão alguns anos (pelo menos próximo de uma década). Nossa participação se deu em um Congresso Brasileiro de Qualidade e Produtividade promovido pela UBQ-MG, em Ouro Preto, cujo tema central era Inovar a Gestão. A percepção do novo, diferente e com valor agregado estava na pauta do dia.
O quadro que apresentamos fazia parte da nossa palestra em uma das sessões técnicas do referido congresso. Naquela ocasião estávamos dando consultoria no estado do Rio Grande do Norte, especificamente para a Emater RN, que lutava, e continua lutando, para estabelecer novos processos que tinham como objetivo principal a melhoraria da produtividade e lucratividade no campo.
Nossa temática levava em conta a necessidade de pensarmos de forma sistêmica e com alcance maior em termos de planejamento e atingimento de resultados – no resumo da obra a palavra AGREGAR VALOR tinha e continua tendo um significado especial em qualquer tipo de organização de serviços ou produtos.
Hoje, passados quase 10 anos, os desafios continuam. A mudança do eixo do processo atual ou tradicional para o Processo Pretendido leva em conta a necessidade de uma completa reformulação de cabeças (cultura empresarial) e de sistemas de trabalho. Podemos até dizer que as ferramentas de gestão são praticamente as mesmas de décadas anteriores, exceto quanto ao poderoso sistema de informações que vem crescendo exponencialmente na área da tecnologia, e nesse caso temos uma grande oportunidade para melhorar a nossa capacidade de tomar decisões mais acertadas.
A questão que fica é se nós estamos realmente nos preparando para um novo e necessário sistema de trabalho onde a inovação é requisito de sobrevivência e crescimento. A chamada não é nova, talvez seja até mesmo “bíblica”, pois sempre soubemos que “a necessidade faz o sapo pular” não é mesmo?
Se olharmos atentamente para o quadro vamos observar que a maioria das organizações estão ainda na primeira coluna e outras ainda não chegaram nesse ponto pois estão ainda na idade da pedra. Concordam? Isso significa que teremos uma grande batalha a ser vencida nesse nosso novo mundo onde a competitividade é algo racional e não emocional. As pressões políticas, sociais, culturais e econômicas estão cada vez mais fortes impulsionadas pela dita “aldeia global” onde as comunicações estão abrindo novos espaços e derrubando muros até então intransponíveis.
Numa abordagem mais simples sem muitos rodeios – O que você tem feito para melhorar sua organização? Como você está se preparando para o “fazer acontecer”? O que você tem feito para melhorar os processos, serviços e produtos para sair na frente da concorrência neste ano que se inicia?
Já tem as respostas? O plano? As ações? As propostas de mudanças ou como dizia Raul Seixas, (Ouro de Tolo) está “sentado no trono com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar”?