Desde 2012 ficamos anualmente de plantão a espera deste que é um dos mais importantes trabalhos da Confederação Nacional da Indústria – CNI. Trata-se do Relatório de Competitividade Brasil, versão 2017-2018 recentemente disponibilizado em sua versão integral no site CNI.
Como pode ser constatado não há o que comemorar, são 6 anos amargando a vice lanterna deste “campeonato” onde mede-se qualidade, educação, inovação, infraestrutura, logÃstica entre outros indicadores que determinam a competitividade de um paÃs e de suas indústrias.
O RELATÓRIO COMPETITIVIDADE BRASIL
Palavras de Robson Braga de Andrade, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI):
“Uma das missões da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é tornar o setor mais competitivo tanto no mercado externo como no âmbito doméstico. Com esse foco, elaboramos o relatório Competitividade Brasil: comparação com paÃses selecionados.
O estudo foi construÃdo com a premissa de que o aumento da produtividade das empresas é necessário, mas não é suficiente para ampliar a capacidade de concorrer em boas condições. A competitividade depende tanto da ação das empresas como do ambiente de negócios, da infraestrutura e das polÃticas do governo.
Tendo como base o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, o relatório identifica os fatores determinantes nesse esforço e compara os indicadores brasileiros com os de 18 economias similares.
Os resultados apresentados reforçam a urgência de o paÃs avançar na agenda da competitividade. O Brasil se mantém na penúltima posição desde a edição de 2012, quando foi iniciada a divulgação do ranking geral.
A expectativa da CNI é que este relatório contribua para apontar as deficiências e ressaltar as forças do paÃs. Mais do que isso, espera-se que seja um convite à ação.
Concluindo: A indústria e o Brasil têm pressa.
Veja a figura da Posição Competitiva dos 18 paÃses selecionados.
Na classificação geral dos 18 paÃses selecionados, praticamente não há mudanças em relação a anos anteriores. Canadá, Coreia do Sul, Austrália, China, Espanha e Chile mantêm-se no terço superior, enquanto Argentina, Brasil, Peru, Colômbia, México e Ãndia mantêm-se no terço inferior. Registra-se apenas o avanço de uma posição pela Ãndia (da 14ª para a 13ª posição), trocando de lugar com o México, e a perda de duas posições pela Rússia (da 8ª para 10ª posição).
O relatório aponto que a Argentina registra importantes avanços, mas desempenho do Brasil ainda é superior. Além de superar o Brasil nos fatores Ambiente macroeconômico e Ambiente de negócios, em outros três – Disponibilidade e custo de capital, Infraestrutura e logÃstica e Educação –, a Argentina está mais bem posicionada. No ranking geral, o Brasil só não perdeu a posição para a Argentina, pois, nos fatores em que possui vantagem, seu desempenho ainda é muito superior ao argentino. Já nos fatores em que a Argentina possui vantagem, apenas em Infraestrutura e logÃstica, a distância em relação à média brasileira é significativa.
O QUE FAZER PARA REVERTER O QUADRO?
São várias as opções e caminhos, mas é preciso que o empresário do setor indústria tome algumas decisões como aquelas que foram tomadas, por exemplo, no Japão no inÃcio dos anos 50, ou seja, entender que Educação e Treinamento não são custos para a empresa e sim estratégia de Investimento de curto, médio e longo prazos.
Com conhecimento profundo se tem qualidade, produtividade e permite-se alcançar nÃveis radicais de inovação nas organizações. Empresas enxutas e bem gerenciadas estão sempre prontas para os desafios que o mundo impõe. Acabar com o desperdÃcio e melhorar processos tem que ser uma obrigação diária e inevitável para a competição mundial.
Vamos sair do conforto e enfrentar os desafios – Vamos para a fábrica!